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Cristas diz que é incompreensível administradores da Caixa não apresentarem rendimentos

A presidente do CDS-PP defendeu que é incompreensível que um administrador público esteja dispensado de obrigações de transparência e reiterou que os centristas vão apresentar um projecto que garanta a obrigatoriedade de apresentação de declaração de rendimentos.

20º Assunção Cristas, 285 notícias - No ano em que substituiu Paulo Portas na liderança do CDS e anunciou a candidatura à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas esteve em quase 300 notícias do Negócios
Miguel Baltazar
28 de Outubro de 2016 às 20:16
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"Não é compreensível para ninguém que alguém que se dispõe a exercer funções públicas, numa empresa pública, possa estar dispensado das obrigações normais deste tipo de cargos", afirmou Assunção Cristas, reiterando, como o partido já havia anunciado, que o CDS apresentará um projecto.

 

A SIC-Notícias avançou esta sexta-feira, 28 de Outubro, que o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues, não apresentará declaração de rendimentos junto do Tribunal Constitucional, tendo um parecer dos órgãos internos do banco público a sustentar que não está obrigado a entregar essa declaração.

 

Falando após participar numa conferência promovida pela União de Sindicatos Independentes sobre conciliação de vida profissional e familiar, Cristas afirmou que o CDS tenciona que essa iniciativa legislativa seja apresentada "no contexto do Orçamento do Estado, de maneira a que não passe este período, que é de grande debate e em que o parlamento está particularmente vivo na matéria da transparência na prestação de informações".

 

A líder centrista responsabiliza o Governo por ter feito aprovar legislação que teve o "efeito colateral de isentar destas obrigações de transparência e de prestação de informações a administração da Caixa Geral de Depósitos".

 

Assunção Cristas manifestou ainda estar "certa que no parlamento haverá um consenso alargado" para aprovar a iniciativa dos centristas.

 

Também o PSD anunciou hoje que apresentará um projecto de lei para estabelecer critérios de "razoabilidade e adequação" nos salários dos gestores públicos, além de fixar deveres de transparência.

 

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu hoje que a CGD não pode ser gerida por quem não cumpra "deveres de transparência sobre os seus rendimentos", numa alusão à actual polémica no banco.

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