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Crédito Agrícola: “Se querem banco da economia social, têm-no aqui”

O presidente do sistema do Crédito Agrícolas afirmou que não havia disponibilidade para cobrir problemas noutro banco. O Governo nunca falou directamente sobre o tema, mas personalidades “ligadas” ao Montepio disseram que era vontade do Executivo, segundo Licínio Pina.

Miguel Baltazar
27 de Março de 2018 às 11:17
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"Se querem um banco da economia social, têm-no aqui". O presidente do Crédito Agrícola, Licínio Pina, recusa a ideia de que fizesse sentido constituir um banco da economia social com o Crédito Agrícola.

"Ainda não sei o que é isso. Ainda não apareceu nenhuma licença bancária a dizer o que é o banco da economia", ressalvou Licínio Pina na conferência de imprensa de apresentação de resultados da instituição, cujos lucros mais do que duplicaram para 150 milhões de euros em 2017.

Segundo Pina, o Crédito Agrícola ocupa esse lugar: "Somos o banco mais próximo das populações. Estamos sozinhos numa série de localidades. O banco da economia social é isto".

"Se há problemas noutros bancos, e com a capa de nome de banco social, o querem constituir, pois que o constituam, mas não contem connosco", reagiu Licínio Pina quando questionado pelos jornalistas sobre o tema.

De acordo com o responsável da caixa central, não houve conversas com o Executivo. "O Governo directamente não falou. Houve várias pessoas que falaram comigo, essencialmente ligadas à associação mutualista, que me referiam que era a vontade de altas instâncias do país", respondeu Licínio Pina.

Segundo revelou o líder do banco cooperativo, o objectivo do Montepio era juntar-se ao Crédito Agrícola e "constituir uma ‘holding’ em que as contas consolidariam e reportariam ao regulador" juntamente. Essa "holding" seria o banco social. "A ideia não teve acolhimento nenhum da nossa parte", contou.


Já sobre a solução que vingou, com investimento de entidades da economia social na Caixa Económica Montepio Geral, Licínio Pina pouco falou, mas ressalvou que "as misericórdias não têm vocação para ter participações financeiras em bancos". "Existem com objectivo muito claro, de apoio social", disse.

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