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Crédito Agrícola mais do que duplica lucros para 150 milhões
O negócio bancário do Crédito Agrícola cresceu em 2017, impulsionado pelo produto, mas também pela redução das imparidades.
O Crédito Agrícola alcançou lucros de 150 milhões de euros no ano passado, o que representa uma mais do que duplicação face aos 58 milhões atingidos em 2016.
"Foi o melhor ano de sempre, em termos de resultados, de crescimento", comentou Licínio Pina, presidente da instituição financeira cooperativa, na conferência de imprensa que se realizou esta terça-feira, 27 de Março, em Lisboa.
Deste valor de resultado líquido, o negócio bancário contribuiu com 148 milhões.
Os resultados de 2017 permitiram à caixa central um "feito muito importante": o resultado isolado de 55 milhões permitiu cobrir 47 milhões de resultados negativos transitados.
O rácio que mede o peso dos melhores fundos próprios do grupo, o common equity tier 1 foi, segundo as regras transitórias, foi de 15,47% em 2017, o que corresponde a um crescimento de quase 2 pontos percentuais em relação aos 13,61% do ano anterior.
Para o resultado, contou o crescimento de 5% para 290 milhões de euros da margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos). A redução dos custos de financiamento (remuneração nos depósitos) justificou em grande medida a evolução.
As comissões líquidas cobradas aos clientes avançaram 7% para 148 milhões. Os resultados de operações financeiras renderam 83 milhões, número que representa um aumento homólogo de 71%.
Em suma, o produto bancário cresceu 12% e fixou-se, em 2017, em 533 milhões.
Já nos custos de estrutura, houve um agravamento de 1% para 316 milhões, 177 milhões dos quais devido aos custos com pessoal. Licínio Pina atribui o avanço às "obrigações regulamentares" que obrigam à "segregação de funções nas diversas instituições (auditoria interna, risco, compliance)".
Também as imparidades deram um contributo positivo para as contas do grupo cooperativo. O total de provisões e imparidades reconhecidas em 2017 foi de 15 milhões, uma queda de 74% face ao ano anterior.
Olhando para o balanço, o crédito bruto cresceu 8,3% para 9.435 milhões de euros, com crescimento mais forte nas empresas e administração pública (11,3%) do que nos particulares (4,5%).
Os depósitos do sistema do Crédito Agrícola atingiram 12,6 mil milhões de euros. O rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se em 69,5% no final do ano.
(Notícia actualizada às 10:17)