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Crédito Agrícola quase duplica lucros e ultrapassa resultados pré-pandemia

O Crédito Agrícola obteve lucros de 96,5 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, valor que representa um aumento de 92,5% face a igual período de 2020.

O Crédito Agrícola aprovou mais de 2 mil milhões em moratórias.
Manuel de Almeida
19 de Agosto de 2021 às 11:24
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O Crédito Agrícola alcançou um lucro de 96,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, valor que representa um aumento de 92,5% face aos 50,1 milhões que tinham sido reportados em igual período do ano passado. O banco ultrapassou, assim, o resultado líquido que tinha alcançado no primeiro semestre de 2019, antes da pandemia, de 74,4 milhões de euros.

As contas foram divulgadas esta quinta-feira, 19 de agosto, pelo banco, em comunicado. A justificar o crescimento dos lucros, refere a instituição, esteve o negócio bancário, que mais do que duplicou em relação aos primeiros seis meses do ano passado, quando a pandemia acabava de chegar a Portugal. "O negócio bancário contribuiu com 84,5 milhões de euros (mais 110,6% face ao primeiro semestre de 2020)", indica o comunicado.

Para esta evolução contribuíram os resultados operacionais. A margem financeira cresceu perto de 3% e totalizou 160,8 milhões de euros no primeiro semestre, enquanto as comissões líquidas aumentaram quase 1%, ascendendo a 54,1 milhões de euros. Já os custos de estrutura foram reduzidos em 1,2% e fixaram-se em 178,8 milhões. Em sentido contrário, os resultados das operações financeiras sofreram uma redução de 18,5%, para 54,4 milhões de euros. Feitas as contas o produto bancário subiu quase 5%, totalizando 303,8 milhões de euros.

Perante estes resultados, Licínio Pina, presidente do banco, fala numa retoma da confiança do mercado. "O grupo Crédito Agrícola verificou, nestes primeiros seis meses do ano, uma forte retoma da atividade, remetendo para a época pré-pandemia, com o mercado a dar sinais claros de confiança. O crescimento da margem financeira e da margem técnica de seguros contribuíram para o aumento do produto bancário, que, em conjunto com o controlo dos custos de estrutura e a estabilização do custo do risco, não obstante a prudência, permitiram ao Crédito Agrícola registar um crescimento de 92,5% quando comparado com igual período em 2020", diz o responsável, citado em comunicado.

Também no balanço do Crédito Agrícola se registam melhorias. A carteira de crédito bruta cresceu 6,2% e ascendeu a 11.525 milhões de euros, enquanto os recursos totais de clientes aumentaram 12,4% e ascenderam a 19.692 milhões de euros no final de junho deste ano.

Já o rácio de crédito malparado (NPL, na sigla em inglês) reduziu-se para 7,8%, contra os 8,9% registados no final de junho de 2020. O banco reduziu ainda as imparidades e provisões em 4,5%, para um total acumulado de 575 milhões de euros. No que diz respeito à solidez do banco, o rácio de common equity tier 1 do Crédito Agrícola subiu de 16,8% no primeiro semestre de 2020 para 17,9% este ano.
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