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Crédito Agrícola quase duplica lucros para 158,8 milhões de euros

Resultados do grupo cresceram 82,9% em 2021 face ao ano anterior e 20,8% face a 2019. Negócio bancário contribuiu com 143,3 milhões de euros. Seguros também tiveram desempenho positivo.

O Crédito Agrícola aprovou mais de 2 mil milhões em moratórias.
Manuel de Almeida
21 de Março de 2022 às 12:37
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O Grupo Crédito Agrícola teve lucros de 158,8 milhões de euros em 2021, num crescimento de 82,9% face ao ano anterior e de 20,8% face a a 2019, o último ano pré-pandemia.

O negócio bancário contribuiu para o resultado com 143,3 milhões de euros (mais do que duplicando o valor de há um ano), dos quais cerca de 76 milhões resultaram da reversão de imparidades e provisões. Em 2020 as imparidades líquidas tinham sido reforçadas em 73,6 milhões de euros.

Em comunicado a instituição liderada por Licínio Pina justifica a diferença com a "diminuição de 21,7 milhões de euros em provisões do exercício, na sua maioria relacionado com compromissos e garantias concedidos e com provisões genéricas para cobertura de risco de crédito de ativos imobiliários detidos", para além de uma queda "de 5,7 milhões de euros nas imparidades na carteira de títulos decorrente da atualização dos cenários macroeconómicos e consequente desagravamento de parâmetros de risco face a 2020", assim como "uma diminuição das imparidades específicas de crédito em 49,6 milhões de euros justificada pela redução do peso da exposição de crédito em nível de risco 3, de 7,1% em Dezembro de 2020 para 6,2% em Dezembro de 2021, observando-se, igualmente, a anulação de créditos considerados irrecuperáveis".

Para efeitos do cálculo das imparidades de crédito, as perdas esperadas das operações são determinadas consoante o “estádio” em que se encontram. Esses níveis são classificados numa escala de 1 a 3, sendo este o nível aplicado a contratos que apresentem sinais objetivos de imparidade.


Houve, ainda assim, um "reforço das imparidades de outros ativos no montante de 1,2 milhões de euros".

A margem financeira caiu 1,7% para 313 milhões de euros, "não obstante o crescimento do volume de crédito e de outros ativos financeiros".

Os custos com pessoal aumentaram 2,3% (mais 5 milhões de euros), contribuindo para um aumento de 2,2% do total dos custos de estrutura, que "encontra justificação, entre outros, no aumento de atividade, no esforço de digitalização de processos, e na resposta aos crescentes requisitos regulamentares".

O grupo escreve que, no final de 2021, "do total de moratórias expiradas, no valor de 2,9 mil milhões de euros, 93,7% retomaram o plano de pagamento original e 87,9% encontram-se em situação regular".

No final de 2021, o ativo total do Grupo Crédito Agrícola ascendia a um montante de 26,1 mil milhões de euros, dos quais 11,7 mil milhões de euros correspondem à carteira de crédito (bruto) a clientes.

O rácio de crédito improdutivo (na sigla inglesa, NPL ou "Non Performing Loans") situou-se em 7,2%, numa diminuição face aos 8,1% verificados no final de 2020. As imparidades por esta via ascendiam a 267,2 milhões de euros, "valor que confere um nível de cobertura de NPL por imparidades de NPL de 32,6%".

O negócio segurador teve também um contributo positivo: a CA Vida lucrou 6,1 milhões de euros, enquanto a CA Seguros alcançou um resultado positivo de 5,8 milhões de euros.
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