Notícia
Credit Suisse e Pimco com exposições de milhões de dólares à Rússia
O Credit Suisse detalhou que tem uma exposição de 1.100 milhões de dólares à Rússia, através de empréstimos e também das subsidiárias que detém em Moscovo. Também a gestora de fundos Pimco tem uma considerável exposição à Rússia.
10 de Março de 2022 às 11:36
O banco Credit Suisse, o segundo maior na Suíça em ativos, detalhou esta quinta-feira qual é a exposição que tem à Rússia, numa altura em que o conflito entre Rússia e Ucrânia está no centro das atenções.
De acordo com o Wall Street Journal, o banco indicou que tem uma exposição de cerca de 1.100 milhões de dólares à Rússia através de empréstimos e também das subsidiárias presentes em Moscovo.
No final do ano passado, o banco tinha uma exposição total de crédito à Rússia de cerca de 915 milhões de dólares, é referido. Já no que diz respeito às subsidiárias do banco presentes na Rússia, que estão focadas na área de investimentos, contavam-se ativos de cerca de 210 milhões de dólares no final de 2021.
O banco suíço indicou ainda, no relatório anual, que entrou em modo de "gestão de crise" em fevereiro, devido ao negócio na Rússia. No total, as duas subsidiárias da instituição financeira na Rússia empregam 125 pessoas. Por isso, o banco pediu para proteger os trabalhadores e também para monitorizar interrupções à operação e ainda proteger-se de ataques informáticos.
Num momento em que a lista de sanções aplicada a cidadãos russos continua a crescer, o Credit Suisse indica que a exposição a indivíduos sancionados era "mínima" até ao início desta semana. E, de acordo com o Wall Street Journal, Thomas Gottsetin, CEO do banco, terá demonstrado confiança de que a exposição do banco à Rússia está a ser "bem gerida e que estão a ser postos em prática sistemas" para responder aos riscos.
O Credit Suisse anunciou ainda que vai cortar em 64% os bónus aos executivos durante o período de um ano, na sequência das perdas após o colapso do ‘family office’ Archegos e do Greensill.
O CEO, por exemplo, vai receber menos 43%, para um total de 4 milhões de dólares, enquanto os pagamentos variáveis recuaram 77%, refere o Financial Times.
As ações do banco suíço estão a cair 3% nesta altura, para 6,90 francos-suíços.
Pimco poderá perder milhões caso a Rússia entre em default
O Credit Suisse não é a única entidade a ter exposição à Rússia. De acordo com a análise feita pelo Financial Times, também a gestora de fundos norte-americana Pimco tem uma forte exposição ao mercado russo. A empresa tem pelo menos 1,5 mil milhões de obrigações da dívida soberana russa.
A Rússia tem vindo a receber sucessivas revisões em baixa do rating desde que a invasão à Ucrânia começou, a 24 de fevereiro. O caso mais recente é a revisão da Fitch Ratings, que reviu em baixa o rating de longo prazo em moeda estrangeira da Rússia para 'C', do anterior nível 'B'. O 'rating C' reflete a visão da Fitch de que o incumprimento soberano está iminente", explica o relatório da agência, apontando o impacto das sanções e retaliações.
Além do Credit Suisse e da Pimco, também bancos como os franceses Société Générale ou o Crédit Agricole têm exposições significativas à Rússia, neste caso de 18,6 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões, respetivamente. Já o holandês ING apresentou uma exposição de 6,7 mil milhões de euros.
De acordo com o Wall Street Journal, o banco indicou que tem uma exposição de cerca de 1.100 milhões de dólares à Rússia através de empréstimos e também das subsidiárias presentes em Moscovo.
O banco suíço indicou ainda, no relatório anual, que entrou em modo de "gestão de crise" em fevereiro, devido ao negócio na Rússia. No total, as duas subsidiárias da instituição financeira na Rússia empregam 125 pessoas. Por isso, o banco pediu para proteger os trabalhadores e também para monitorizar interrupções à operação e ainda proteger-se de ataques informáticos.
Num momento em que a lista de sanções aplicada a cidadãos russos continua a crescer, o Credit Suisse indica que a exposição a indivíduos sancionados era "mínima" até ao início desta semana. E, de acordo com o Wall Street Journal, Thomas Gottsetin, CEO do banco, terá demonstrado confiança de que a exposição do banco à Rússia está a ser "bem gerida e que estão a ser postos em prática sistemas" para responder aos riscos.
O Credit Suisse anunciou ainda que vai cortar em 64% os bónus aos executivos durante o período de um ano, na sequência das perdas após o colapso do ‘family office’ Archegos e do Greensill.
O CEO, por exemplo, vai receber menos 43%, para um total de 4 milhões de dólares, enquanto os pagamentos variáveis recuaram 77%, refere o Financial Times.
As ações do banco suíço estão a cair 3% nesta altura, para 6,90 francos-suíços.
Pimco poderá perder milhões caso a Rússia entre em default
O Credit Suisse não é a única entidade a ter exposição à Rússia. De acordo com a análise feita pelo Financial Times, também a gestora de fundos norte-americana Pimco tem uma forte exposição ao mercado russo. A empresa tem pelo menos 1,5 mil milhões de obrigações da dívida soberana russa.
A Rússia tem vindo a receber sucessivas revisões em baixa do rating desde que a invasão à Ucrânia começou, a 24 de fevereiro. O caso mais recente é a revisão da Fitch Ratings, que reviu em baixa o rating de longo prazo em moeda estrangeira da Rússia para 'C', do anterior nível 'B'. O 'rating C' reflete a visão da Fitch de que o incumprimento soberano está iminente", explica o relatório da agência, apontando o impacto das sanções e retaliações.
Além do Credit Suisse e da Pimco, também bancos como os franceses Société Générale ou o Crédit Agricole têm exposições significativas à Rússia, neste caso de 18,6 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões, respetivamente. Já o holandês ING apresentou uma exposição de 6,7 mil milhões de euros.