Notícia
Fitch avisa sobre pressão nos serviços europeus devido a exposição ao gás russo
Na análise publicada esta terça-feira, a Fitch lembrou que a Rússia fornece cerca de 75% do gás da Europa e que o desempenho de muitas empresas pode ser afetado por eventuais interrupções no fornecimento, "embora sem impacto imediato nas suas classificações".
08 de Março de 2022 às 15:19
O setor dos serviços europeu está sob pressão devido à exposição ao fornecimento de gás russo e medidas resultantes da invasão da Ucrânia, mas nas empresas petrolíferas o impacto será limitado, defendeu esta terça-feira a Fitch Ratings.
"O setor de serviços europeu está sob pressão devido à sua exposição ao fornecimento de gás russo e medidas e contramedidas resultantes da invasão militar da Ucrânia pela Rússia", concluiu a Fitch.
Na análise publicada esta terça-feira, a Fitch lembrou que a Rússia fornece cerca de 75% do gás da Europa e que o desempenho de muitas empresas pode ser afetado por eventuais interrupções no fornecimento, "embora sem impacto imediato nas suas classificações".
Embora o fluxo de gás do gasoduto da Rússia para a Europa tenha continuado após o início do conflito e o setor de energia tenha sido excluído das sanções, o risco de interrupções no fornecimento existe, podendo ocorrer por decisão unilateral da Rússia, ou danos físicos à infraestrutura de transporte na Ucrânia, ou devido a uma decisão da União Europeia (UE) de deixar de comprar gás russo.
"Naquele cenário, várias empresas da UE seriam afetadas em graus variados", apontou a Fitch. Segundo a agência de 'rating', em caso de interrupção no fornecimento, as empresas podem ter de ir comprar gás no mercado 'spot' (operações concretizadas no momento), "a preços extremamente altos".
Já no caso das empresas petrolíferas europeias, a saída planeada ou redução das operações na Rússia "terão um impacto limitado nas suas métricas financeiras", concluiu a Fitch.
"Além das contribuições relativamente baixas dos ativos russos nos perfis de negócios diversificados das principais empresas de petróleo e gás europeias classificadas pela Fitch, os preços mais altos dos hidrocarbonetos podem compensar quaisquer pressões potenciais", apontou a agência de 'rating', lembrando que todas aquelas empresas registaram lucros 'recorde' em 2021, o que as protege contra o aumento da volatilidade do desempenho.
Num cenário em que o gás russo não é suspenso, os principais riscos, disse a Fitch, prendem-se com o aumento da intervenção política em toda a UE, destinada a limitar os custos de energia para residências e empresas, devido às crescentes pressões inflacionárias.
"A busca por abastecimento alternativo é fundamental em qualquer cenário, incluindo o aumento do abastecimento doméstico (particularmente do norte da Europa), do norte da África e do abastecimento de GNL [gás natural liquefeito]", concluiu a entidade.
"O setor de serviços europeu está sob pressão devido à sua exposição ao fornecimento de gás russo e medidas e contramedidas resultantes da invasão militar da Ucrânia pela Rússia", concluiu a Fitch.
Embora o fluxo de gás do gasoduto da Rússia para a Europa tenha continuado após o início do conflito e o setor de energia tenha sido excluído das sanções, o risco de interrupções no fornecimento existe, podendo ocorrer por decisão unilateral da Rússia, ou danos físicos à infraestrutura de transporte na Ucrânia, ou devido a uma decisão da União Europeia (UE) de deixar de comprar gás russo.
"Naquele cenário, várias empresas da UE seriam afetadas em graus variados", apontou a Fitch. Segundo a agência de 'rating', em caso de interrupção no fornecimento, as empresas podem ter de ir comprar gás no mercado 'spot' (operações concretizadas no momento), "a preços extremamente altos".
Já no caso das empresas petrolíferas europeias, a saída planeada ou redução das operações na Rússia "terão um impacto limitado nas suas métricas financeiras", concluiu a Fitch.
"Além das contribuições relativamente baixas dos ativos russos nos perfis de negócios diversificados das principais empresas de petróleo e gás europeias classificadas pela Fitch, os preços mais altos dos hidrocarbonetos podem compensar quaisquer pressões potenciais", apontou a agência de 'rating', lembrando que todas aquelas empresas registaram lucros 'recorde' em 2021, o que as protege contra o aumento da volatilidade do desempenho.
Num cenário em que o gás russo não é suspenso, os principais riscos, disse a Fitch, prendem-se com o aumento da intervenção política em toda a UE, destinada a limitar os custos de energia para residências e empresas, devido às crescentes pressões inflacionárias.
"A busca por abastecimento alternativo é fundamental em qualquer cenário, incluindo o aumento do abastecimento doméstico (particularmente do norte da Europa), do norte da África e do abastecimento de GNL [gás natural liquefeito]", concluiu a entidade.