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Costa "confortável" e Centeno "seguro" com redução de balcões da Caixa

O primeiro-ministro garante que o plano de reestruturação aprovado mantém a Caixa presente em todos os concelhos. Já o ministro das Finanças diz que "todos os portugueses vão ter acesso a serviços bancários."

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20 de Março de 2017 às 18:03
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O primeiro-ministro e o ministro das Finanças manifestaram-se confortáveis com a condução da reestruturação da Caixa Geral de Depósitos, nomeadamente com o plano de redução de balcões, reiterando a confiança no processo e na administração do banco público.

"O plano de reestruturação da CGD garante a presença da Caixa em todo o país, em todos os concelhos. Mas o Estado ser accionista da Caixa não significa que o Governo se deva meter na vida do dia-a-dia da CGD", disse António Costa esta terça-feira, 21 de Março, citado pela Lusa em Lisboa, à saída de uma reunião com representantes das ordens profissionais.

Questionado sobre o encerramento de cerca de 70 balcões até ao final do ano e de um total de 180 no final de 2020, o chefe de Governo afirmou que a actual administração, liderada por Paulo Macedo, "deve exercer as suas funções com independência, com autonomia - e o Governo tem toda a confiança na Caixa para assegurar a boa gestão".

Questionado sobre se estava confortável com a decisão de encerramento de agências, Costa disse-se "totalmente confortável." "Se não, não teríamos aprovado o plano de reestruturação que aprovámos," acrescentou, em declarações transmitidas pelas televisões.

Sensivelmente à mesma hora, em Bruxelas – onde está a participar no Eurogrupo -, o ministro das Finanças considerou que a distribuição das agências pelo território nacional é importante, mas destacou a capacidade que o banco público deverá ter, no final do processo, para prestar um serviço de qualidade.

"A ideia que vai ser debatida é que a Caixa Geral de Depósitos saia do processo de recapitalização e reestruturação fortalecida e capaz de ter um serviço bancário de grande qualidade. A dimensão espacial é relevante e estou completamente seguro que todos os portugueses vão ter acesso a serviços bancários também através da Caixa," afirmou, em declarações transmitidas pela TVI24.

O encerramento de balcões da Caixa e a redução de colaboradores levaram o líder parlamentar do PS, Carlos César, a pedir aos deputados socialistas a defesa do "serviço público" neste caso, dizendo que não se pode "assobiar para o ar".

Já o Bloco de Esquerda pediu uma audição parlamentar urgente de Centeno por não estarem a ser, alegadamente, cumpridas as garantias que tinham sido dadas de não haver despedimentos nem zonas do país sem serviço da CGD.

Em reacção às dúvidas socialistas e bloquistas, Costa acrescentou que "faz parte do jogo da vida política que dirijam perguntas ao Governo." E garantiu que "o Governo não substituirá a gestão da Caixa na gestão do dia-a-dia. É pública, mas não deixa de ser uma empresa."

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