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Conselheiro de Juncker questiona regras de resgate aos bancos
As regras de resolução bancária não devem ser utilizadas sem uma análise casuística, defende um dos conselheiros de Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia.
A solução de colocar os credores e grandes depositantes a salvar os bancos da zona euro em caso de colapso, pode revelar-se útil para resolver questões banco a banco mas não ser a adequada para enfrentar uma crise financeira sistémica.
O entendimento – deixado esta quinta-feira no Parlamento Europeu a título pessoal - é de José Leandro, um dos principais conselheiros do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para a reforma da zona euro.
Para o responsável, este modelo – que coloca alguns obrigacionistas, os accionistas e grandes clientes a suportar os resgates de bancos em dificuldades em alternativa às medidas de resolução que têm envolvido dinheiro dos contribuintes – tem de ser reponderada "tão breve quanto possível".
"Estamos a implementar mecanismos que, provavelmente, não são os mais adequados para lidar com uma situação sistémica como a que estamos a ver em alguns Estados-membros," afirmou o director de política, estratégia e coordenação na Direcção Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, citado pela Reuters.
As regras de resolução bancária foram implementadas nos últimos anos para reduzir o encargo dos contribuintes com os problemas na banca.
Inicialmente foram chamados a cobrir estes encargos os accionistas e os detentores de dívida subordinada antes do envolvimento dos contribuintes. O BES e o Banif são exemplos.
Desde o início do ano, o leque de visados aumentou: os credores seniores e os depositantes com contas acima de 100 mil euros poderiam também perder tudo para limitar os custos dos contribuintes.