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Cinco anos de Novo Banco em cinco gráficos: 6 mil milhões de prejuízos e menos 2.600 trabalhadores

O Novo Banco somou mais de 6 mil milhões de euros em imparidades desde que foi criado em 2014. Um valor que explica os elevados prejuízos registados todos os anos. Veja a evolução dos principais indicadores em cinco gráficos.

António Ramalho anunciou que o Novo Banco vai pedir mais 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução Tiago Petinga/Lusa
02 de Março de 2019 às 17:51
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Criado em 2014 para ficar com os ativos saudáveis do Banco Espírito Santo, que foi alvo de resolução em Agosto deste ano, o Novo Banco tem apresentado prejuízos todos os anos, devido às elevadas imparidades dos créditos que herdou do banco então liderado por Ricardo Salgado.

 

O banco agora liderado por António Ramalho tem vindo a reduzir a sua atividade, com o fecho de balcões e corte de postos de trabalho. O volume de crédito concedido tem vindo a encolher e só os depósitos registam uma tendência de recuperação.

 

Nos cinco anos de vida que tem, o Novo Banco acumula já prejuízos de 5.977 milhões de euros. Depois dos mais de 2 mil milhões de euros de resultados líquidos negativos em 2017, o Novo Banco anunciou esta sexta-feira que fechou 2018 com prejuízos de 1.412 mil milhões de euros.

 

Com as contas no vermelho, o Novo Banco anunciou que vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução. Para fazer face aos prejuízos do passado, o banco já tinha recebido 792 milhões de euros do Fundo de Resolução no ano passado, além da injeção de capital inicial de 4,9 mil milhões de euros.


 

Os prejuízos do Novo Banco são em grande parte explicados pelas elevadas imparidades que a instituição financeira registou desde que foi criada. Em 2018 até baixaram de forma considerável, sendo o primeiro ano em que ficaram abaixo da fasquia dos mil milhões de euros. Mas no conjunto de 5 anos superam 6 mil milhões de euros, um valor que atesta a qualidade dos créditos que o banco tinha em carteira quando foi constituido.

 

A redução da atividade do Novo Banco fica bem evidente quando se analisa a evolução da carteira de crédito. No final de 2014 situava-se acima dos 40 mil milhões de euros e fechou 2018 bem abaixo dos 30 mil milhões de euros. Uma redução de 28% no espaço de quatro anos.

 

Já os depósitos são dos poucos indicadores que registam uma evolução positiva nos últimos anos, permitindo agora ao Novo Banco apresentar uma relação equilibrada entre os recursos de clientes e o credito concedido. Em 2014 os depósitos representavam apenas dois terços dos créditos e agora os valores são semelhantes.

 

Apesar dos elevados prejuízos, o Novo Banco cortou os custos nos últimos anos, sendo que neste âmbito a redução do número de trabalhadores foi a estratégia mais evidente. De quase 8 mil trabalhadores em 2014, o Novo Banco chega ao fim de 2018 com pouco mais de 5 mil. Uma redução de 2.626 empregos, o que representa um corte de 34%.

 

 

No número de balcões o corte foi ainda mais acentuado, com um corte de 40% em quatro anos. Em linha com a estratégia da banca a nível nacional e mundial, o Novo Banco fechou um total de 273 balcões desde o final de 2014.

 

 

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