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Chineses apostam na banca e na energia em Portugal

Também o sector imobiliário é uma aposta da China, com os chineses a liderarem, por nacionalidades, os vistos 'gold' em Portugal.

A quinta posição é ocupada pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping. Segundo a Forbes o líder chinês “lutou mais do que os seus antecessores contra a corrupção e a favor de maiores alianças na área económica e na área da segurança”.
Bloomberg
17 de Dezembro de 2016 às 10:42
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A banca e a energia são dois dos sectores em que os chineses apostam para investirem em Portugal, tendo recentemente a Fosun entrado no capital do banco português BCP, num investimento de 174,6 milhões de euros.

A China tem reforçado o seu investimento no mercado português, com a banca, energia e seguros no topo das preferências, mas os media também constam nas apostas, com o interesse da empresa de Macau KNJ em tornar-se accionista da Global Media, dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN) ou rádio TSF, entre outros títulos.

O mais recente investimento de origem chinesa ocorreu no mês passado no BCP, quando a Fosun investiu cerca de 174,6 milhões de euros para ser o maior accionista do banco, com 16,7% do capital, uma operação que tem como objectivo reforçar a presença empresarial na Europa e em África.

Ainda na banca, o China Minsheng Financial está na corrida para comprar o Novo Banco, e caso vença a disputa, tal irá resultar em mais um investimento vindo do Oriente.

Mas não é só a banca que atrai os investidores chineses. Em Outubro passado, o grupo de Macau KNJ Investment Limited, fundado em 2012, assinou um memorando de entendimento com a Global Media, que prevê que a empresa macaense passe a controlar 30% da dona do Diário de Notícias (DN) e da TSF, entre outros títulos, através de uma injecção de capital de 17,5 milhões de euros.

Com a concretização da operação, prevista para 2017, a macaense KNJ tornar-se-á na maior accionista da dona do DN.

O início da forte aposta dos investidores chineses em Portugal aconteceu à boleia da 'onda' de privatizações ocorridas nos últimos anos, já que o país é uma plataforma para a Europa e para os países de língua oficial portuguesa, sem falar da corrida às concessões de vistos 'gold'.

A primeira privatização a arrancar, durante o governo de Pedro Passos Coelho, foi a da EDP, em Dezembro de 2011, com o anúncio da venda de 21,35% da eléctrica portuguesa à China Three Gorges, por 2,69 mil milhões de euros.

Em Fevereiro de 2012, foi a vez da venda da REN, com os chineses da State Grid a ficarem com 25% do capital, pagando 387 milhões de euros pela posição na empresa gestora das redes energéticas nacionais.

Posteriormente, a chinesa Fosun comprou a seguradora Fidelidade e a Espírito Santo Saúde e poderá agora vir a reforçar a sua posição no BCP para entre 20% a 30%, dependendo das limitações de voto dos estatutos do banco.

No ano passado, o Haitong Bank concluiu a compra do banco de investimento português BESI.

Entre outros investimentos chineses em Portugal, destaca-se a inauguração, em Fevereiro de 2012, do centro tecnológico da Huawei (empresa de telecomunicações) em Lisboa, que representou um investimento de 10 milhões de euros, que se juntou aos 40 milhões de euros que a multinacional chinesa tinha investido no mercado português.

Ainda esta semana, a Huawei inaugurou o primeiro centro de inovação e experiência de Portugal em Lisboa e vai investir na formação de 5.000 estudantes portugueses sem competências de tecnologias de informação.

Outro exemplo, ocorrido no início de 2012, é o facto do Banco Internacional e Comercial da China (ICBC) ter aberto o seu primeiro escritório em Portugal, mais precisamente em Lisboa.

Um ano depois, foi a vez do Bank of China escolher a capital portuguesa para abrir um escritório e um balcão de atendimento.

Também o sector imobiliário é uma aposta da China, com os chineses a liderarem, por nacionalidades, os vistos 'gold' em Portugal.

Desde que o programa dos vistos dourados arrancou, a 8 de Outubro de 2012, até final de Novembro, 2.973 investidores chineses tinham obtido Autorização de Residência para actividade de Investimento (ARI), segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Em Outubro, o primeiro-ministro, António Costa, realizou uma visita oficial à República Popular da China.

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