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China expulsa dos seguros o quarto homem mais rico do país

Yao Zhenhua, o quarto homem mais rico da China, foi expulso da indústria seguradora por dez anos por ter cometido irregularidades na compra de acções do gigante imobiliária Vanke, decidiu a Comissão Reguladora de Seguradoras do país.

A China é o maior investidor estrangeiro em títulos de dívida dos EUA. Pequim tinha, no final de Março, cerca de 1,25 biliões de dólares aplicados, segundo os dados do departamento do Tesouro dos EUA. No entanto, o valor tem tido quedas ligeiras nos últimos meses.
A Comissão Reguladora de Seguradoras da China expulsou Yan Zhenhua, o quarto homem mais rico do país, da indústria seguradora por 10 anos.
25 de Fevereiro de 2017 às 10:00
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Yao, fundador do conglomerado financeiro Baoneng, facultou informação falsa para ser autorizado a aumentar o capital da sua filial seguradora Foresea Life, uma operação com a qual financiou a aquisição de títulos da Vanke, segundo a imprensa oficial chinesa.

Após uma investigação, o regulador chinês concluiu que a Foresea Life não utilizou fundos dos seus accionistas, como afirmado na altura, para o aumento de capital de Novembro de 2015 que permitiu que se tornasse no sócio maioritário na Vanke e desencadeou uma luta pelo controlo da imobiliária.

A comissão responsabilizou directamente Yao por essa informação errónea, decidindo retirá-lo da presidência da Foresea Life e proibiu-o de participar no sector dos seguros durante a próxima década.

O regulador dos seguros da China anunciou também que, a partir de agora, irá oferecer aconselhamento para "melhorar" a gestão da Foresea Life, uma empresa que já puniu, em Dezembro, pela sua implicação na disputa pelo controlo da Vanke.

A suspensão da indústria seguradora trava a ascensão no mundo empresarial chinês de Yao Zhenhua, um empresário praticamente desconhecido até há pouco mais de um ano e que, no espaço de meses, ascendeu à quarta posição da lista dos mais ricos, publicada pela Hurun, equivalente chinês da Forbes.

Além disso, encerra-se mais um capítulo no caso Vanke, uma longa disputa que implica várias das maiores imobiliárias chinesas e que aparentemente ter-se-á resolvido no passado mês de Janeiro com a entrada no capital da empresa do grupo estatal Shenzhen Metro Group, que ficou como segundo maior accionista.

A batalha pelo controlo desta empresa, a maior empresa de imobiliário residencial na China, teve início no final de 2015, quando a Baoneng se tornou no principal accionista, apesar da oposição do fundador da imobiliária, o magnata Wang Shi.

Para comprar as acções da Vanke, a Baoneng fez com que a Foresea Life pedisse um crédito equivalente ao dobro do seu capital, decisão que motivou a investigação da Comissão Reguladora de Seguradoras e resultou agora na sanção imposta a Yao.

A equipa de gestão da imobiliária tentou travar a manobra da Baoneng por diversas ocasiões e, em Janeiro, conseguiu finalmente a esperada entrada no universo de accionistas da Shenzhen Metro Group, a firma que opera a rede de metro da cidade chinesa de Shenzhen, em substituição do conglomerado estatal China Resources.

Assim, a Vanke espera obter acesso à edificação de terrenos disponíveis junto às novas linhas de suburbano de Shenzhen, a cidade onde tem a sua sede, de modo a garantir a sua futura viabilidade.

 

Os reguladores da China também estão a analisar a compra de títulos da Vanke efectuadas pela imobiliária Evergrande, no final do ano passado, que lhe permitiu converter-se na terceira maior accionista, seguindo métodos similares aos da Baoneng e também através de uma filial seguradora. 

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