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CGD: PSD quer saber se BdP emitiu parecer sobre incompatibilidades de administradores

O PSD vai enviar à comissão de ética do Banco de Portugal perguntas sobre se foram emitidos pareceres sobre conflito de interesses ou incompatibilidades do governador Carlos Costa e da vice-governadora Elisa Ferreira.

Tiago Sousa Dias/Cofina
06 de Junho de 2019 às 22:02
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Nas perguntas enviadas à comissão de ética do Banco de Portugal, a que a Lusa teve acesso, o PSD pergunta se este órgão "emitiu, por sua iniciativa, a pedido do próprio ou de outro membro do conselho de administração, algum parecer sobre conflito de interesses ou incompatibilidades do governador Carlos Costa na participação em deliberações e/ou iniciativas do Banco de Portugal sobre situações abrangidas" pela auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

No mesmo sentido, os sociais-democratas utilizam a mesma formulação para perguntar à comissão de ética do Banco de Portugal se emitiu "por sua iniciativa, a pedido do próprio ou de outro membro" da administração, algum parecer sobre "conflito de interesses e/ou incompatibilidades" da vice-governadora Elisa Ferreira no âmbito de "deliberações e/ou iniciativas" do supervisor bancário sobre situações abordadas no relatório de auditoria da EY ao banco público.

 

Em ambos os casos, caso a resposta seja afirmativa, o grupo parlamentar do PSD pergunta "o que constava" dos pareceres eventualmente emitidos.

 

Em 07 de maio, um membro da comissão de ética do Banco de Portugal, José Cunha Pereira, disse no parlamento que a comissão "analisou e debateu" o pedido de escusa do governador do Banco de Portugal a decisões sobre a auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

Questionado pela deputada do PSD Liliana Silva, que afirmou que o governador "não pediu qualquer parecer à comissão de ética" e perguntou se "não o deveria ter feito", José Cunha Pereira não negou.

 

"Quando não nos é pedido o parecer, no mínimo a comissão de ética analisa a situação, debate, já o fez em termos de discussão interna", admitiu, dizendo que não ia "avançar mais por razões que [os deputados] compreendem".

 

O membro da comissão de ética afirmou ainda que também já foi discutida a situação da vice-governadora Elisa Ferreira, mulher de um ex-administrador da La Seda, empresa implicada no relatório da EY à CGD.

 

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