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CGD aumenta lucros para 282,5 milhões no primeiro semestre

O banco liderado por Paulo Macedo registou lucros de 282,5 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. No primeiro semestre de 2018, os lucros foram de 194 milhões de euros.

Duarte Roriz/Correio da Manhã
30 de Julho de 2019 às 17:07
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) obteve um aumento de 46% nos lucros dos primeiros seis meses do ano. O banco liderado por Paulo Macedo apresentou um resultado positivo de 282,5 milhões de euros, de acordo com o comunicado enviado à CMVM.

No primeiro semestre de 2018, os lucros tinham sido de 194 milhões de euros. Já no mesmo período de 2017 o banco estatal ainda registava um prejuízo de 50 milhões de euros.

Para esta evolução contribuiu o crescimento do 
produto global da atividade. Este alcançou os 908,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa um aumento de 2,1% face ao primeiro semestre de 2018. "Para esta evolução favorável contribuíu a subida da margem complementar em cerca de 34 milhões de euros, mais que compensou a descida de 15 milhões de euros na margem financeira alargada", explica a instituição financeira.

Quanto aos custos de estrutura, estes "mantêm a sua trajetória descendente", com os custos com pessoal a reduzirem-se 7,8% e os gastos gerais e administrativos a reduzirem-se 13,3%, refere o banco, adiantando que os custos de estrutura "incluem na vertente de custos com pessoal um custo não recorrente de 35,5 milhões de euros para os programas de pré reformas e rescisões por mútuo acordo, por contrapartida da utilização em igual montante da provisão constituída em 2017 para este efeito". 

A ajudar esteve ainda a melhoria da qualidade dos ativos da CGD, com o montante de Non-Performing Loans (NPL) a reduzir-se em 2,3 mil milhões de euros (-34% face a junho de 2018) "onde, para além das vendas de carteiras realizadas na segunda metade de 2018, se assistiu a uma evolução positiva nas componentes de curas e recuperações". O rácio de NPL atingiu os 7,3% no final do primeiro semestre de 2019.

Já a margem financeira estrita registou uma quebra de 3,2% nos primeiros seis meses do ano, face ao período homólogo, situando-se nos 564,6 milhões de euros, "dada a conjuntura de taxas de juro e o seu impacto na carteira de crédito e de ativos financeiros". 

Por outro lado, os resultados em operações financeiras "foram positivos e atingiram nos primeiros seis meses do ano 22,5 milhões de euros", um montante que, segundo o banco, ficou aquém do valor observado no semestre homólogo do ano anterior, "tendo este comportamento menos favorável sido condicionado pela evolução dos derivados de cobertura de taxa de juro, dada a evolução das taxas de longo prazo".

Depósitos crescem, crédito em queda
Os depósitos de clientes aumentaram 2.158 milhões de euros (+3,4%) quando comparados com o mesmo período de 2018, "evolução essencialmente justificada pela captação da CGD Portugal", explica o banco liderado por Paulo Macedo. 

 

"No mercado nacional, a CGD manteve em maio de 2019 a sua posição de liderança nos depósitos totais de clientes, com uma quota de 25%, com destaque para a quota de 29% nos depósitos de particulares", acrescenta a instituição financeira.

Já o
 crédito a clientes bruto reduziu-se 8,9% desde o primeiro semestre de 2018 para 52.379 milhões de euros, com o crédito a empresas e a particulares da atividade da CGD Portugal a registarem variações de -10,3% e -4,2%, respetivamente, refletindo o esforço de redução do stock de NPL, diz o banco.


(Notícia atualizada às 17:17 com mais informação)
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