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Centeno: "A dívida pública vai voltar a menos de 100% do PIB"

O Governador do Banco de Portugal antecipa os dados que o supervisor vai divulgar nesta quinta-feira e afirma que o rácio da dívida pública em 2023 regressou a níveis inferiores a 100% do PIB.

Lusa
01 de Fevereiro de 2024 às 09:29
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O rácio de dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB) regressou a níveis inferiores a 100%. A informação foi avançada pelo Governador do Banco de Portugal, que assim antecipa os dados relativos a 2023 que o supervisor vai publicar nesta quinta-feira.

Esses dados vão assim confirmar a intenção do Governo de apresentar um rácio de dívida inferior à riqueza nacional produzida num ano.

"Os resultados financeiros de Portugal tem sido positivos, temos cumprido os trajetos com que nos comprometemos. E por isso a dívida pública do PIB vai com toda a probabilidade voltar a menos de 100%", disse Mário Centeno numa conferência organizada pelo Jornal Económico. "E isto não é um epifenómeno, não acontece por acaso", assegurou.

O Governador entende que "há um indicador particularmente significativo que tem a ver com a análise da sustentabilidade da dívida que as instituições europeias fazem. E nas últimas avaliações, Portugal, nos países de média e grande dimensão, tem apenas a Alemanha com níveis de solvabilidade e sustentabilidade da dívida melhores do que nós", sublinhou, depois de recordar a evolução positiva de vários indicadores económico-financeiros do país.

Evolução do país reflete-se nos resultados da banca

Na véspera do arranque da temporada de apresentação de resultados de 2023 do sistema bancário - que poderá ter tido lucros históricos -, Centeno ligou a evolução financeira do país à dos bancos. 

"Quando temos os 'ratings' da dívida pública a subir, o incumprimento das famílias em mínimos históricos – porque temos o maior mercado de trabalho que alguma ves tivemos – e taxas de desemprego historicamente baixas, o incumprimento comporta-se de forma compatível com estes resultados e a banca beneficia", disse. 

"Quando temos um processo de desalavancagem nas empresas sem paralelo na Europa e essas empresas conseguem continuar a investir e estão mais capitalizadas, o país cresce, os resultados das empresas reflete isso e os resultados da banca refletem isso também", continuou.
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