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Dívida pública portuguesa vai ficar em 98,9% no próximo ano
Até aqui, o Governo projetava que esta meta de uma dívida pública abaixo de 100% fosse atingida apenas em 2025 - quando antecipava uma dívida de 99,2%.
A dívida pública portuguesa vai ficar em 98,9% já no próximo ano, antecipando-se assim o momento em que Portugal quebra a barreira de 100% do produto interno bruto (PIB). O Governo reviu em baixa as metas para o rácio do peso da dívida na economia nacional, na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024) entregue esta terça-feira no Parlamento pelo Ministro das Finanças, Fernando Medina.
"A dívida pública deverá ficar abaixo de 100% do PIB, afastando Portugal dos países mais endividados da área do euro. Para isso, contribuirá também o objetivo de saldo orçamental próximo do equilíbrio. Se a dívida se mantivesse no mesmo valor de 2022, cada residente seria chamado a suportar cerca de 125 euros a mais em impostos em 2024", indica o documento.
Até aqui, o Governo projetava que esta meta de uma dívida pública abaixo de 100% fosse atingida apenas em 2025 - quando antecipava uma dívida de 99,2%. Deverá acontecer antes, já no próximo ano, depois de uma dívida de 104,5% do PIB estimada para este ano e dos 113,9% registados em 2022.
"A redução da dívida pública já retirou Portugal do pódio dos mais endividados da Europa e está a poupar centenas de euros por ano em impostos a famílias e empresas. A garantia de contas equilibradas continua a ser um elemento fundamental da credibilização externa do país", sublinha Medina sobre a evolução da dívida, apontando para o contributo do excedente orçamental.
"Num contexto de subida generalizada e sustentada no tempo das taxas de juro de referência, o reforço da credibilidade orçamental, quer no contexto europeu quer nos mercados internacionais, tem sido conseguido em paralelo com uma gestão equilibrada das contas públicas, suportado na promoção de consensos, tal como vertido no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade e num contexto de estabilidade política. A estratégia de consolidação orçamental continua assim a ser pautada por critérios de prudência, rigor e equilíbrio na gestão das contas públicas", garante.
O crescimento económico continua a dar um dos maiores contributos para a diminuição da dívida pública, ficando, contudo, atrás do efeito deflator do PIB e do efeito do saldo primário. Em sentido contrário, os juros da dívida - uma fatura que vai subir 8,6% para 7,1 mil milhões com juros da dívida em 2024 -, bem como o ajustamento défice-dívida contribuem negativamente.(Notícia atualizada às 15:50)
"A dívida pública deverá ficar abaixo de 100% do PIB, afastando Portugal dos países mais endividados da área do euro. Para isso, contribuirá também o objetivo de saldo orçamental próximo do equilíbrio. Se a dívida se mantivesse no mesmo valor de 2022, cada residente seria chamado a suportar cerca de 125 euros a mais em impostos em 2024", indica o documento.
"A redução da dívida pública já retirou Portugal do pódio dos mais endividados da Europa e está a poupar centenas de euros por ano em impostos a famílias e empresas. A garantia de contas equilibradas continua a ser um elemento fundamental da credibilização externa do país", sublinha Medina sobre a evolução da dívida, apontando para o contributo do excedente orçamental.
"Num contexto de subida generalizada e sustentada no tempo das taxas de juro de referência, o reforço da credibilidade orçamental, quer no contexto europeu quer nos mercados internacionais, tem sido conseguido em paralelo com uma gestão equilibrada das contas públicas, suportado na promoção de consensos, tal como vertido no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade e num contexto de estabilidade política. A estratégia de consolidação orçamental continua assim a ser pautada por critérios de prudência, rigor e equilíbrio na gestão das contas públicas", garante.
O crescimento económico continua a dar um dos maiores contributos para a diminuição da dívida pública, ficando, contudo, atrás do efeito deflator do PIB e do efeito do saldo primário. Em sentido contrário, os juros da dívida - uma fatura que vai subir 8,6% para 7,1 mil milhões com juros da dívida em 2024 -, bem como o ajustamento défice-dívida contribuem negativamente.(Notícia atualizada às 15:50)