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CDS exige esclarecimentos sobre operação de créditos fiscais no Montepio

A deputada centrista Cecília Meireles considera que "é fundamental que, o mais cedo possível, se conheçam os fundamentos desta decisão" que permitiu ao Montepio passar a a ter capitais próprios positivos.

14 de Março de 2018 às 13:58
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A deputada e dirigente do CDS-PP Cecília Meireles exigiu hoje que se conheçam, com urgência, os fundamentos da operação de créditos fiscais da Associação Mutualista Montepio autorizada pelo Ministério das Finanças.

"O que é fundamental é que, o mais cedo possível, se conheçam os fundamentos desta decisão", defendeu Cecília Meireles.

A Associação Mutualista Montepio anunciou na segunda-feira que registou lucros de 587,5 milhões de euros em 2017, bem acima dos 7,4 milhões de euros em 2016, e passou a capitais próprios positivos. As contas da Associação Mutualista Montepio beneficiaram do impacto de activos por impostos diferidos superiores a 800 milhões de euros.

Cecília Meireles insistiu que "a preocupação do CDS com o Caixa Económica Montepio tem a ver com a fiscalização de um dinheiro que vem de uma concessão pública, o dinheiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa".

"Quanto à Associação Mutualista, que é detentora do banco, importa-nos fiscalizar a actuação do Estado e das alterações fiscais que o Estado autorizou e a informação vinculativa que fez", declarou, vincando que "um partido responsável não deve entreter-se em especulações".

Para a deputada e dirigente centrista, "o Governo, ao invés de estar sempre à espera de pedidos de esclarecimento e de chamadas ao parlamento, seria bom e seria prudente que, de uma vez por todas e com transparência, explicasse, afinal, se vai ou não existir a entrada da Santa Casa da Misericórdia e em que termos".

"Daquilo que sabemos, parece que estamos a falar de uma entrada bastante mais mitigada do que estava inicialmente estabelecido, mas é importante estabelecer em que moldes", acrescentou.

Cecília Meireles insistiu na posição do CDS, segundo a qual "não faz sentido a Santa Casa da Misericórdia, que tem dinheiro porque explora uma concessão pública, do jogo social, usar esse dinheiro destinado à acção social para o ir meter num banco, arriscando-se a perdê-lo".
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