Notícia
Catroga ficou com sensação que Banif teve solução pré-configurada
É um dos signatários do manifesto para a reconfiguração da banca. Em entrevista à TSF, Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças, deixa dúvidas sobre os processos de venda do Banif e Novo Banco.
Negócios
07 de Maio de 2016 às 12:18
O ex-ministro das Finanças e actual presidente do Conselho Geral e Supervisão da EDP foi um dos signatários do manifesto para a reconfiguração da banca. Diz que só assinou depois do ajustamento que pediu em relação à capitalização da Caixa Geral de Depósitos.
Admite e diz que mantém que a Caixa devia abrir uma parte do seu capital, à pequena poupança individual e em bolsa. "Mantenho essa posição a prazo, agora não estão criadas condições". E mantém esta posição por acreditar que a disciplina e as regras dos mercados de capitais poderiam impedir o poder político de interferir no banco público como diz ter acontecido em alguns momentos. Mas nesta fase, em que isso não é possível e em que a Caixa é 100% pública, Catroga assume a defesa do Governo, ao dizer que o Estado português devia poder capitalizar o banco tal como os privados o fazem nos seus bancos. O mesmo já disse António Costa, primeiro-ministro. Afirmações que têm como alvo a Direcção-Geral de Concorrência da Comissão Europeia, muito restritiva na aceitação de entrada de dinheiro dos estados nas empresas, nomeadamente na banca.
"O estado não pode ter essa restrição", declarou em entrevista transmitida este sábado, 7 de Maio, na TSF.
Ainda sobre a banca, Catroga mostrou-se "como português revoltado com os trâmites e metodologia no caso Banif". E vai mais longe, tendo como preocupação a transparência, assume que a solução de venda "seja aberta, dentro das regras europeias, do sistema bancário, mas não seja uma solução com desenho pré-configurado, construído na secretaria", que, acrescentou, "foi a sensação que ficou em relação ao Banif".
E é por isso que teme que aconteça o mesmo em relação ao Novo Banco. "O banco não deve ser vendido a trouxe-mouxe" e por isso sustenta que a sua venda não pode ser precipitada "É preciso dar tempo ao tempo. A pressa é má conselheira".
Admite e diz que mantém que a Caixa devia abrir uma parte do seu capital, à pequena poupança individual e em bolsa. "Mantenho essa posição a prazo, agora não estão criadas condições". E mantém esta posição por acreditar que a disciplina e as regras dos mercados de capitais poderiam impedir o poder político de interferir no banco público como diz ter acontecido em alguns momentos. Mas nesta fase, em que isso não é possível e em que a Caixa é 100% pública, Catroga assume a defesa do Governo, ao dizer que o Estado português devia poder capitalizar o banco tal como os privados o fazem nos seus bancos. O mesmo já disse António Costa, primeiro-ministro. Afirmações que têm como alvo a Direcção-Geral de Concorrência da Comissão Europeia, muito restritiva na aceitação de entrada de dinheiro dos estados nas empresas, nomeadamente na banca.
Ainda sobre a banca, Catroga mostrou-se "como português revoltado com os trâmites e metodologia no caso Banif". E vai mais longe, tendo como preocupação a transparência, assume que a solução de venda "seja aberta, dentro das regras europeias, do sistema bancário, mas não seja uma solução com desenho pré-configurado, construído na secretaria", que, acrescentou, "foi a sensação que ficou em relação ao Banif".
E é por isso que teme que aconteça o mesmo em relação ao Novo Banco. "O banco não deve ser vendido a trouxe-mouxe" e por isso sustenta que a sua venda não pode ser precipitada "É preciso dar tempo ao tempo. A pressa é má conselheira".