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Carlos Costa: Se fosse reavaliado "não teria nenhum problema com o resultado"

Apesar de o regime não prever uma reavaliação do governador, Carlos Costa garante que se isso acontecesse "não teria nenhum problema com o resultado".

André Kosters/Lusa
27 de Março de 2019 às 20:04
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O governador do Banco de Portugal não pode ser reavaliado quanto à sua adequação para ocupar o cargo. Mas, mesmo que fosse, Carlos Costa afirma que "não teria qualquer problema com o resultado". Isto pelo facto de ter sido administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

A questão foi lançada por João Paulo Correia na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. O deputado do PS quis saber se o conselho de administração entendesse que houve falhas por parte do administrador Carlo Costa à frente da CGD se seria reaberta a discussão sobre a sua idoneidade. 

 

"Se eu me subtemesse à reavaliação, não tenho nenhum problema com o resultado", afirmou Carlos Costa aos deputados naquela que é a segunda audição da nova comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. Isto depois de a EY ter realizado uma auditoria ao que foi feito na Caixa durante 16 anos e detetado que foram concedidos créditos perante o parecer desfavorável da Direção de Risco da CGD.

 

Isto apesar de o regime não prever a reavaliação do governador. "O ex-administrador Carlos Costa não pode ser reavaliado", notou, acrescentando que "não sou candidato à administração de nenhuma instituição de crédito". 

 

A revista Sábado revelou atas que mostraram que Carlos Costa esteve presente em reuniões, enquanto adminsitrador do banco estatal entre 2004 e 2006, nas quais foram aprovados três grandes créditos que geraram muitas perdas para a CGD. Foi o caso da Metalgest, Investifino e Vale de Lobo. Algo que o responsável já negou.

 

"Eu não participei no conselho alargado de crédito das 25 maiores operações", afirmou Carlos Costa, reiterando a posição que já tinha sido expressada anteriormente. 

 

O governador do Banco de Portugal adiantou também que só "assistiu a 10%" das reuniões do conselho alargado de crédito. Isto devido às "funções que desempenhava", nomeadamente administrador com o pelouro do marketing e internacional. Encontros que "revelaram grande discussão e necessidade de chegar a consenso", acrescentou.



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