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Byron Haynes defende prémios à gestão de Ramalho para reter talento

Byron Haynes, presidente do conselho geral e de supervisão do Novo Banco, diz os reguladores não se opuseram a atribuição de prémios à gestão.

Miguel Baltazar
08 de Junho de 2021 às 10:48
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Byron Haynes, presidente do conselho geral e de supervisão do Novo Banco, diz que 
é do "interesse do público ter um Novo Banco viável". Para isso, é importante reter, através da atribuição de prémios, os "melhores líderes" que garantam que o banco mantém-se no caminho da viabilidade. 

Questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua sobre a atribuição de prémios à gestão do Novo Banco, num período que tem sido marcado por prejuízos no banco, Byron Haynes disse estar "muitíssimo ciente do interesse público" nesta questão. 

"É a favor do interesse público ter um Novo Banco viável que invista na economia portuguesa", afirmou o presidente do conselho geral e de supervisão do Novo Banco na comissão de inquérito ao Novo Banco, esta terça-feira, notando que é também do interesse público "reter e atrair a melhor equipa de líderes disponível para fazer com que o Novo Banco passe por estes períodos conturbados". 

"Temos de manter esta equipa de liderança para que continuemos a orientar o banco" no caminho da viabilidade, referiu o responsável. Respondendo ao deputado do PCP Duarte Alves sobre qual a posição do Banco de Portugal sobre os prémios, o presidente do conselho de supervisão disse que "todos os reguladores reviram as políticas e estão cientes da atribuição de bónus e do não pagamento", confirmando que "estão totalmente em cumprimento dos requisitos". 

O comité de remunerações do Novo Banco atribuiu um bónus de perto de dois milhões de euros à gestão do banco, tal como aconteceu no ano anterior. Um montante que o Fundo de Resolução subtraiu à injeção de capital pedida pela instituição financeira. 

Ramalho recebe três vezes menos que banqueiro mais bem pago
Byron Haynes recordou ainda que estes prémios foram atribuídos, mas que são diferidos. "Não pagámos um único euro", disse, notando que há vários mecanismos de ajustamento, nomeadamente a possibilidade de se rever em baixa os bónus. Além disso, o banco tem o direito de recuperar os prémios se houver problemas guturos.

Ainda sobre a política de remuneração, notou que António Ramalho, CEO do Novo Banco, recebe três vezes menos do que o banqueiro mais bem pago em Portugal.

Ramalho "ganha 370 mil euros brutos. É o salário mais baixo dos cinco CEO [de bancos portugueses]", disse, acrescentando que o salário "mais elevado é cerca de três vezes superior a este montante". 

Na sua audição, António Ramalho afirmou que o tema dos prémios atribuídos à gestão é uma "polémica perdida", lembrando que não foram auto atribuídos e que são diferidos. 

(Notícia atualizada com mais informação.)
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