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BPI dispara 3,5% enquanto CaixaBank resvala 2%

As acções do BPI estão a subir com o novo preço da OPA do CaixaBank. Ainda assim, estão 0,1 cêntimos abaixo da contrapartida de 1,134 euros. Os catalães recuam em bolsa com os analistas a preverem necessidades de capital.

Paulo Duarte/Negócios
22 de Setembro de 2016 às 11:04
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O CaixaBank vai pagar mais ao BPI na OPA. Resultado: os accionistas do BPI estão a trocar as acções a um preço mais elevado; os maiores encargos a enfrentar pelo CaixaBank estão a penalizar a negociação dos títulos do banco catalão.

 

Na Bolsa de Lisboa, as acções do BPI estão a avançar 3,57% para 1,13 euros por acção. Esta manhã, já tocaram nos 1,133 euros, 0,1 cêntimos abaixo do novo preço da OPA.

 

O CaixaBank teve de aumentar em 1,9% a contrapartida da operação (inicialmente em 1,113 euros) porque, com a desblindagem dos estatutos decidida pelos accionistas, o CaixaBank passou a ter 45,5% dos direitos de voto, logo a OPA passou a obrigatória, um regime que tem uma definição de preço mais rigorosa do que quando se trata de uma operação voluntária.

 

O volume da negociação do BPI está a ser elevado nesta primeira sessão após a desblindagem. Foram trocadas 2,9 milhões de acções até às 10:50, quando a média semestral é de 1,7 milhões numa sessão inteira.

 

A evolução positiva do BPI puxa por Lisboa, onde o índice PSI-20 valoriza 1,05%. O dia está a ser positivo na Europa mas há pelo menos uma excepção: o CaixaBank. Num dia em que o espanhol Ibex até soma mais de 1,5%, o banco catalão recua 1,65% para valer 2,382 euros por acção. Tudo porque vai ter de pagar mais do que o inicialmente esperado na OPA. 

 

O Royal Bank of Canada acredita que, com o valor que os catalães vierem a gastar, haverá uma quebra do rácio de referência da solvência, o Common Equity Tier 1, o que obrigará a necessidades de 2 mil milhões de euros para que ele volte aos números actuais. O Citi também abre a necessidade de um eventual aumento de capital do CaixaBank, segundo a Bloomberg. Contudo, esse será um último recurso já que poderá tentar cobrir as necessidades com vendas de activos. 

Certo é que a OPA não traz grandes dúvidas ao mercado. "É nosso entendimento que a oferta do CaixaBank venha a ser concluída com sucesso", comenta André Rodrigues do CaixaBI, na nota de "research" desta quinta-feira. Paulo Rosa, da GoBulling, acredita que é difícil uma não aceitação por parte dos accionistas na oferta. Albino Oliveira, da Fincor, diz que, com o poder do CaixaBank, há menos riscos pela frente no BPI.

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