O Banco Espírito Santo, que passou a ser denominado por "banco mau", está a ter de contratar colaboradores ao Novo Banco, nomeadamente em regime de licença de vencimento, e a celebrar acordos de prestação de serviços com a instituição, noticia esta terça-feira o "Diário Económico".

De acordo com o jornal, com a resolução do BES decidida a 3 de Agosto, o grosso da actividade e património do banco foi transferido "de forma imediata e definitiva" para o Novo Banco, como determinou o Banco de Portugal.

Por essa razão, a actual equipa de gestão do BES, liderada por Luís Máximo dos Santos, estará agora a ter de recorrer a antigos colaboradores, que passaram para o Novo Banco, para poder fazer a gestão dos passivos e activos que ficaram no "banco mau".

É que com a criação do Novo Banco, este ficou não só com as pessoas  mas com todas as infra-estruturas, desde imobiliário a todo o suporte informático, o que implica, refere o jornal, que o BES faça acordos de prestação de serviços para poder tratar e gerir tudo o que ficou no "banco mau".

Com a separação das duas entidades, ficaram no BES, designadamente, as participações no BES Angola, no Espírito Santo Bank em Miami e no Aman Bank na Líbia, assim como acções próprias do BES SA, direitos de créditos sobre a ES Internacional, passivos para com accionistas de referência do BES e anteriores membros da administradores e obrigações contraídas perante entidades que integram o Grupo Espírito Santo.