Notícia
BES acusa notícia sobre capitalização de ser manobra de diversão francesa
Fonte do BES repudia notícia sobre necessidade de recorrer a capital ao Estado, fala de ignorância na análise do ESFG e fala de manobra de diversão para esconder a situação da banca francesa.
23 de Setembro de 2011 às 02:26

A notícia foi publicada pelo "Financial Times" e provocou alvoroço nos mercados financeiros. Segundo a notícia, o Espírito Santo Financial Group (ESFG)e o BCP estarão sob pressão.
A mesma fonte do BES afirmou ainda: "No que diz respeito ao ESFG, é de referir que não é um banco. Só por ignorância pode ser referido como um banco. É uma "holding" não operacional que tem participações em vários sectores, alguns dos quais são não financeiros, como a saúde. O BES, que é de facto o banco do Grupo, registou um resultado nos stress tests que foi o melhor entre os bancos portugueses e um dos melhores a nível ibérico."
O ESFG é accionista do BES, tendo ambas as entidades sido sujeitas aos "testes de stress". O resultado do ESFG foi menor que o do BES.
São sete instituições espanholas, duas alemãs, duas gregas, duas portuguesas, uma italiana, uma cipriota e uma eslovena que estão sob pressão, segunda a notícia, uma vez que nos testes de “stress” registaram um “core tier one” entre 5% e 6%.
O “Financial Times” cita uma fonte oficial de França, que diz que os 16 bancos em questão vão ter de procurar imediatamente fundos para se recapitalizarem. O intuito é o de reforçar a banca, numa altura em que a crise de dívida persiste e está a colocar em risco o sistema financeiro.
Os 16 bancos listados pela notícia são o ESFG, o BCP, os alemães HSH Nordbank e Norddeutsche Landesbank, os gregos Piraeus Bank e Hellenic Postbank, os espanhóis Banco Popular Español, Bakinter, Caixa Galicia, BFA-Bankia, Banco Cívica, Caixa Ontinyent e o Banco de Sabadell, o italiano Banco Popolare, o esloveno Nova Ljubljanska Banka e o cipriota Marfin Popular Bank.
Os testes de stress realizados à banca este ano revelaram oito chumbos, ou seja, houve oito instituições que registaram um “core tier one” inferior a 5% - equanto 16 tiveram um core tier one entre 5% e 6%.