Notícia
BdP está a analisar "insuficiências" detetadas na auditoria da Deloitte
O regulador, liderado por Mário Centeno, afirma já ter recebido a auditoria da Deloitte aos atos de gestão no Novo Banco e do Banco Espírito Santo, abrangendo o período entre 2000 e 2018.
As insuficiências detetadas na auditoria da Deloitte aos atos de gestão no BES e no Novo Banco estão a ser analisadas pelo Banco de Portugal. A informação foi avançada esta quinta-feira pelo regulador liderado por Mário Centeno.
"A auditoria especial detetou também insuficiências nos atos de gestão praticados no período em análise, com especial incidência e gravidade no período de atividade do Banco Espírito Santo, S.A. Essas situações estão já a ser alvo de uma análise cuidada por parte do Banco de Portugal, incluindo no quadro do Mecanismo Único de Supervisão, ao qual foi remetido o relatório da auditoria especial", refere o comunicado do Banco de Portugal, que confirmou já ter recebido o relatório.
"O Banco de Portugal recebeu o relatório da auditoria especial determinada pelo Governo, nos termos do disposto na Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro, na sequência do pagamento realizado em maio de 2019 pelo Fundo de Resolução ao Novo Banco em cumprimento do Acordo de Capitalização Contingente", refere o regulador, notando que o documento "caracteriza as condicionantes sobre a atividade do Novo Banco, incluindo os compromissos assumidos perante a Comissão Europeia para a utilização de fundos públicos no quadro dos auxílios de Estado e as exigências de redução da exposição a ativos não produtivos conformes às orientações do Banco Central Europeu, e que se intensificaram a partir de 2017".
Além disso, diz, o "relatório evidencia o ponto de partida adverso dos indicadores de sinistralidade de crédito do Novo Banco em comparação com os do sistema bancário nacional e ainda mais com os dos bancos europeus".
De acordo com o Banco de Portugal, a "auditoria especial confirma a importância do mecanismo de capitalização contingente para a recuperação do balanço do Novo Banco e para a sua viabilidade. Sem aquele mecanismo, o Novo Banco não cumpriria as exigências de redução da exposição a ativos não produtivos, nem os rácios de capital regulatórios a que está sujeito".
O Novo Banco já pediu perto de 2,9 mil milhões de euros do total de 3,89 mil milhões no âmbito do mecanismo de capital contingente. Questionado na quarta-feira se o banco irá esgotar o montante ainda disponível, António Ramalho, CEO do Novo Banco, não quis dar mais detalhes.
"A auditoria especial detetou também insuficiências nos atos de gestão praticados no período em análise, com especial incidência e gravidade no período de atividade do Banco Espírito Santo, S.A. Essas situações estão já a ser alvo de uma análise cuidada por parte do Banco de Portugal, incluindo no quadro do Mecanismo Único de Supervisão, ao qual foi remetido o relatório da auditoria especial", refere o comunicado do Banco de Portugal, que confirmou já ter recebido o relatório.
Além disso, diz, o "relatório evidencia o ponto de partida adverso dos indicadores de sinistralidade de crédito do Novo Banco em comparação com os do sistema bancário nacional e ainda mais com os dos bancos europeus".
De acordo com o Banco de Portugal, a "auditoria especial confirma a importância do mecanismo de capitalização contingente para a recuperação do balanço do Novo Banco e para a sua viabilidade. Sem aquele mecanismo, o Novo Banco não cumpriria as exigências de redução da exposição a ativos não produtivos, nem os rácios de capital regulatórios a que está sujeito".
O Novo Banco já pediu perto de 2,9 mil milhões de euros do total de 3,89 mil milhões no âmbito do mecanismo de capital contingente. Questionado na quarta-feira se o banco irá esgotar o montante ainda disponível, António Ramalho, CEO do Novo Banco, não quis dar mais detalhes.