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BdP está a analisar "insuficiências" detetadas na auditoria da Deloitte

O regulador, liderado por Mário Centeno, afirma já ter recebido a auditoria da Deloitte aos atos de gestão no Novo Banco e do Banco Espírito Santo, abrangendo o período entre 2000 e 2018.

#15 - Mário Centeno
03 de Setembro de 2020 às 15:09
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As insuficiências detetadas na auditoria da Deloitte aos atos de gestão no BES e no Novo Banco estão a ser analisadas pelo Banco de Portugal. A informação foi avançada esta quinta-feira pelo regulador liderado por Mário Centeno. 

"A auditoria especial detetou também insuficiências nos atos de gestão praticados no período em análise, com especial incidência e gravidade no período de atividade do Banco Espírito Santo, S.A. Essas situações estão já a ser alvo de uma análise cuidada por parte do Banco de Portugal, incluindo no quadro do Mecanismo Único de Supervisão, ao qual foi remetido o relatório da auditoria especial", refere o comunicado do Banco de Portugal, que confirmou já ter recebido o relatório.  

"O Banco de Portugal recebeu o relatório da auditoria especial determinada pelo Governo, nos termos do disposto na Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro, na sequência do pagamento realizado em maio de 2019 pelo Fundo de Resolução ao Novo Banco em cumprimento do Acordo de Capitalização Contingente", refere o regulador, notando que o documento "caracteriza as condicionantes sobre a atividade do Novo Banco, incluindo os compromissos assumidos perante a Comissão Europeia para a utilização de fundos públicos no quadro dos auxílios de Estado e as exigências de redução da exposição a ativos não produtivos conformes às orientações do Banco Central Europeu, e que se intensificaram a partir de 2017". 

Além disso, diz, o "relatório evidencia o ponto de partida adverso dos indicadores de sinistralidade de crédito do Novo Banco em comparação com os do sistema bancário nacional e ainda mais com os dos bancos europeus". 

De acordo com o Banco de Portugal, a "auditoria especial confirma a importância do mecanismo de capitalização contingente para a recuperação do balanço do Novo Banco e para a sua viabilidade. Sem aquele mecanismo, o Novo Banco não cumpriria as exigências de redução da exposição a ativos não produtivos, nem os rácios de capital regulatórios a que está sujeito". 

O Novo Banco já pediu perto de 2,9 mil milhões de euros do total de 3,89 mil milhões no âmbito do mecanismo de capital contingente. Questionado na quarta-feira se o banco irá esgotar o montante ainda disponível, António Ramalho, CEO do Novo Banco, não quis dar mais detalhes. 
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