O BCP não vai vender o ActivoBank. O banco electrónico que estava a ser negociado com a gestora Cabot Square vai, afinal, permanecer na esfera do banco presidido por Nuno Amado (na foto).

Em comunicado, a instituição financeira informou "ter decidido pela manutenção do ActivoBank no perímetro do Grupo BCP em função da sua capacidade de geração de valor no contexto da evolução esperada para o modelo de negócio bancário do BCP".

A decisão foi tomada esta sexta-feira, 3 de Junho, dia em que foi concluído o "processo de avaliação de vários cenários estratégicos para valorização do ActivoBank".

A decisão sobre a manutenção do ActivoBank na esfera do BCP ocorre depois de o banco electrónico ter ficado sem o seu presidente executivo. Tal como o Negócios noticiou, Nelson Machado passou para a Ocidental, onde vai ficar responsável pelo ramo vida da seguradora.

O arranque deste "processo de avaliação de vários cenários estratégicos" para o ActivoBank ocorreu a 24 de Fevereiro de 2015. Contudo, o banco nunca se comprometeu com uma decisão final, fosse venda ou manutenção. O processo esteve depois suspenso (quando os CTT desistiram do processo, reduzindo o leque de interessados) e, em Março deste ano, voltou a entrar em vigor. Aí, a instituição financeira presidida por Nuno Amado começou a negociar em exclusividade com a gestora de fundos Cabot Square.

O BCP sempre defendeu que "nenhuma decisão de investimento deve ser tomada com base na perspectiva sobre o desfecho destas negociações". Agora, a alienação chega ao fim num período conturbado para o BCP, que experimenta valores mínimos na Bolsa de Lisboa, com as acções a negociarem nos 2,4 cêntimos cada. Além disso, mantém-se a especulação em torno das necessidades de capital que o banco poderá ter, nomeadamente para participar numa eventual consolidação com o Novo Banco.