Notícia
BCP melhora rácio de solvabilidade e reduz dependência do BCE
O BCP registou uma melhoria nos rácios de solvabilidade, ao mesmo tempo que reduziu o valor dos empréstimos junto do BCE.
O rácio que mede a solvabilidade dos bancos aumentou e continua acima das metas estipuladas quer pelo Banco de Portugal quer pela EBA.
O rácio core tier I aumentou de 11,9%, em Setembro de 2012, para 12,7%, no final do terceiro trimestre deste ano. Isto considerando as metas estabelecidas pelo Banco de Portugal, que fixou a meta em 10%.
Já nos critérios da EBA , este rácio passou de 9,4% para 10,2%, quando a meta é de 9%, sendo que as regras aplicadas em cada um dos casos são diferentes. Apesar do core tier I exigido pela EBA ser mais baixo, na verdade as regras são mais exigentes.
O BCP diz ainda que se o “buffer” de capital utilizado para calcular o rácio core tier I tiver em conta os valores de Setembro de 2013, este rácio sobe para 11,9%.
A contribuir para a melhoria deste indicador esteve a venda do Piraeus, uma operação que, de acordo com o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), contribuiu com “um ganho em core tier I de 40 p.b.”
O BCP anunciou, dia 29 de Novembro, que ia vender a posição que detinha no capital do grego Piraeus, tendo revelado posteriormente que vai encaixar 494 milhões de euros com esta operação. O banco via usar este dinheiro para reforçar as provisões.
Quanto aos empréstimos que o BCP tem junto do Banco Central Europeu (BCE), estes diminuíram em mil milhões de euros. “A evolução da posição de liquidez do banco possibilitou ainda, no primeiro trimestre de 2013, a amortização antecipada junto do Eurosistema de uma tranche de mil milhões de euros, de um total de 12 mil milhões de euros tomados no âmbito das operações de cedência de liquidez a médio-prazo do Banco Central Europeu, permitindo flexibilidade acrescida na gestão de tesouraria de curto-prazo”, revela o banco em comunicado.
No final de Setembro, o valor total dos empréstimos do BCE à banca nacional era de 51,8 mil milhões de euros, tendo aumentado, naquele mês, pelo quarto mês consecutivo.