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BCP: Miguel Maya vai renunciar ao bónus

O presidente do BCP afirmou ter escrito, há duas semanas, uma carta à comissão de remunerações a considerar que este ano não há condições para pagar prémios aos administradores executivos.

João Cortesão
22 de Abril de 2020 às 11:03
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Miguel Maya, presidente do BCP, vai renunciar ao bónus, num contexto marcado pelo impacto da pandemia. A garantia foi dada na quarta-feira, na comissão de Orçamento e Finanças. 

O gestor revelou, numa audição realizada por requerimento do CDS, que há duas semanas escreveu uma carta ao presidente da comissão de remunerações e ao presidente do conselho de administração a considerar que este ano não há condições para pagar prémios aos administradores executivos. A decisão caberá agora à comissão de remunerações, indicou.

"Não que não se mereça, 2019 foram os melhores resultados em 12 anos, mas pelo exemplo e para ter o banco capitalizado", disse o presidente do BCP aos deputados. Já aos trabalhadores será paga a remuneração variável prevista para este ano.

O banco afirmou, no final de março, que ia propor, na assembleia-geral, o cancelamento do pagamento de dividendos referentes a 2019, quando lucrou 302 milhões de euros, devido à incerteza associada à situação de pandemia. Manteve, ainda assim, a compensação salarial aos trabalhadores, para compensação parcial dos cortes que sofreram entre junho de 2014 e junho de 2017.

Nos últimos anos, o BCP tem feito acordos para a saída de trabalhadores, sem divulgar os números de funcionários que saem desse modo.

No ano passado, o banco encerrou com 7.204 trabalhadores em Portugal, mais 109 funcionários do que em 2018.
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