Notícia
BCP: Banca perde competitividade com contribuições para Fundo de Resolução
O presidente executivo do BCP considera que é difícil haver um ambiente competitivo entre a banca e os novos "players" perante as contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução.
22 de Outubro de 2019 às 12:41
Miguel Maya, presidente do BCP, não pede uma simplificação da regulação mas sim regras iguais para a banca tradicional e para os novos "players" que estão a entrar no mercado. Para o gestor há um obstáculo ao ambiente competitivo: o facto de apenas as instituições financeiras continuarem a contribuir para o Fundo de Resolução.
"Não está em causa uma regulação mais ou menos simples. Queremos uma regulação que proteja os consumidores e que seja igual para todas as entidades", afirmou Miguel Maya na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Negócios, esta terça-feira, 22 de outubro.
"Qual é o 'level playing field' [regras iguais] quando o BCP tem de pagar 50 milhões de euros ao Fundo de Resolução todos os anos?", questionou o CEO do BCP num painel que contou também com Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, e António Ramalho, presidente do Novo Banco. "Como é que consigo garantir um ambiente competitivo?", reforçou.
São mais de 50 as entidades a fazer contribuições para o Fundo de Resolução e a pagar as resoluções do BES e do Banif, conforme avançou o Dinheiro Vivo, em março. Mas, além dos empréstimos do Estado, a grande fatia dos contributos está a cargo do BCP e da Caixa Geral de Depósitos.
O banco liderado por Miguel Maya pagou 235,9 milhões de euros. Já a instituição liderada por Paulo Macedo contribuiu com cerca de 230 milhões de euros. As duas entidades asseguraram mais de um terço dos 1,3 mil milhões colocados pela banca no Fundo de Resolução.
Na mesma conferência, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, alertou que é "uma questão de tempo" até às chamadas big tech chegarem ao mercado europeu e concorrerem diretamente com a banca tradicional. E que mesmo a regulamentação terá uma capacidade limitada para conter estes novos "players". Para o governador do banco central, os bancos têm de se ajustar a esta nova realidade e redefinir os modelos de negócio.
"Não está em causa uma regulação mais ou menos simples. Queremos uma regulação que proteja os consumidores e que seja igual para todas as entidades", afirmou Miguel Maya na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Negócios, esta terça-feira, 22 de outubro.
São mais de 50 as entidades a fazer contribuições para o Fundo de Resolução e a pagar as resoluções do BES e do Banif, conforme avançou o Dinheiro Vivo, em março. Mas, além dos empréstimos do Estado, a grande fatia dos contributos está a cargo do BCP e da Caixa Geral de Depósitos.
O banco liderado por Miguel Maya pagou 235,9 milhões de euros. Já a instituição liderada por Paulo Macedo contribuiu com cerca de 230 milhões de euros. As duas entidades asseguraram mais de um terço dos 1,3 mil milhões colocados pela banca no Fundo de Resolução.
Na mesma conferência, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, alertou que é "uma questão de tempo" até às chamadas big tech chegarem ao mercado europeu e concorrerem diretamente com a banca tradicional. E que mesmo a regulamentação terá uma capacidade limitada para conter estes novos "players". Para o governador do banco central, os bancos têm de se ajustar a esta nova realidade e redefinir os modelos de negócio.