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BCE volta a aumentar a liquidez para a banca helénica
Pela quarta vez em menos de uma semana, o Banco Central Europeu voltou a aumentar a liquidez para a banca grega, segundo uma fonte da Bloomberg. A dimensão do aumento não foi revelada.
Em menos de uma semana é a quarta vez que o Banco Central Europeu (BCE), liderado por Mario Draghi (na foto), decide aumentar a liquidez para a banca helénica, segundo uma fonte da Bloomberg. A dimensão do aumento não foi revelada. O Conselho do BCE elevou o limite de fundos numa conferência por telefone realizada esta terça-feira, 23 de Junho.
A última vez que a autoridade monetária elevou os níveis de liquidez para a banca da Grécia foi ontem. Estas medidas podem ajudar a banca grega a fazer face à corrida aos depósitos que se tem verificado. Segundo o The Guardian, ainda esta segunda-feira, 23 de Junho, terão sido retirados 1,6 mil milhões de euros em depósitos da banca helénica.
Esta decisão dos governadores do banco central surge numa altura em que um acordo final entre a Grécia e os credores internacionais pode estar por horas. Esta segunda-feira, foi um dia com vários encontros entre Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, e os responsáveis europeus. E a expectativa é que o acordo possa ser alcançado esta quinta-feira.
Depois de cerca de cinco meses de impasse nas conversações, e quando se aproxima o dia 30 de Junho, em que além de terminar o programa de assistência grego ainda em curso, vence a devolução de quase 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), as autoridades gregas acabaram por apresentar, pela primeira vez desde 20 de Fevereiro, uma proposta que teve como ponto de partida medidas anteriormente definidas pelos credores. No caso uma proposta apresentada pelas instituições no início do presente mês de Junho.
As medidas apresentadas esta segunda-feira foram bem recebidas pelos ministros das Finanças do euro, a quem deu voz Jeroen Dijsselbloem, líder do Eurogrupo, classificando-as como "um passo na direcção certa". Entre essas propostas surgem medidas que confirmam um recuo do Governo grego face àquilo que foram as promessas eleitorais que garantiram a vitória do Syriza nas eleições de 25 de Janeiro.
Entre essas medidas está o aumento de impostos sobre os rendimentos logo a partir de 12 mil euros anuais, a eliminação gradual e posterior substituição do actual suplemento às pensões mais baixas ou a eliminação gradual das opções que hoje existem para a atribuição das aposentações antecipadas. O governo do Syriza mantém-se, porém, irredutível quanto à exigência dos credores de passar a taxar a energia eléctrica no escalão mais elevado do IVA.