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Bancos alemães e italianos sob pressão nos testes de stress

A Autoridade Bancária Europeia está prestes a divulgar os resultados dos testes de stress. Os bancos italianos vão ficar sob pressão, mas não serão os únicos. Também as instituições financeiras alemãs vão ficar em foco, com destaque para o Deutsche Bank.

O Deutsche Bank também está no topo das queixas em duas das três matérias avaliadas. Foi o terceiro banco mais reclamado nas contas, com 1,26 reclamações por cada 1.000 contas. E no crédito ao consumo obteve 1,52 queixas por cada mil contratos.
reuters
01 de Novembro de 2018 às 13:00
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Os bancos europeus foram a exame e estão prestes a conhecer o resultado. E ao contrário do que se prevê, não serão apenas os bancos italianos a ficar sob pressão quando a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) divulgar as conclusões do seu teste de stress. Também as instituições financeiras alemãs ficarão em foco.

 

Enquanto os bancos italianos estão a assistir a uma erosão dos níveis de capital depois do impasse entre o governo de Itália e a União Europeia relativamente ao orçamento para o próximo ano – e que levou a uma subida acentuada dos juros da dívida soberana – os bancos alemães estão a enfrentar uma grande concorrência no mercado doméstico.

 

A maior "vítima" desta pressão e do cenário mais severo do teste de stress aplicado aos bancos será o Deutsche Bank, de acordo com duas fontes citadas pela Bloomberg, que pediram para não ser identificadas uma vez que os resultados do teste ainda não são conhecidos. O indicador de robustez financeira do Deutsche Bank vai cair, acrescentam. Questionado, o banco não quis comentar.

 

Além do Deutsche Bank, também o alemão NordLB pode revelar algumas dificuldades, já que tem o balanço mais fraco entre os bancos alemães a participar neste teste. Fontes próximas dizem que o rácio de capital deverá cair para 7%, o que fica muito abaixo dos requisitos europeus.

 

Os resultados dos testes de stress - que serão publicados até 2 de Novembro - vão mostrar quão resilientes são os 48 bancos em análise a um abrandamento económico severo. Apesar de não estar em causa "passarem" ou "chumbarem" neste exame, o resultado continua a ser relevante uma vez que ajuda a determinar se as instituições precisam de mais capital ou, caso contrário, se podem mesmo aumentar os dividendos.

 

Brexit continua a ser um risco para a banca 

 

De forma geral, todos os bancos europeus enfrentam um obstáculo comum: a incerteza geopolítica criada pela saída do Reino Unido da União Europeia. Os testes de stress terão em conta o Brexit através de um "conjunto alargado de riscos macroeconómicos" associados a este processo, de acordo com a EBA.

 

Apesar dos receios, o mercado acredita que os bancos têm agora mais ferramentas para enfrentar estas incertezas. "Os bancos europeus devem estar melhor preparados do que em rondas anteriores porque têm almofadas de capital mais fortes e menos activos arriscados", afirmou Bernd Ackermann, analista da S&P, num relatório, citado pela Bloomberg.

 

Contudo, para o analista, estes efeitos positivos podem ser anulados pelo cenário mais severo dos testes de stress aplicados pela EBA.

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