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Banco de Portugal inibiu 30 banqueiros numa década
Três dezenas de administradores de bancos portugueses foram impedidos de desempenhar estas funções pelo Banco de Portugal nos últimos dez anos. No total, o supervisor instaurou 80 processos para apurar responsabilidades de 200 pessoas, refere o i.
Nos últimos dez anos, o Banco de Portugal inibiu o desempenho de funções de gestão por parte de 30 administradores ou gerentes de bancos, sociedades financeiras, instituições de pagamentos ou sociedades gestoras de participações sociais (SGPS), refere o jornal i, citando dados da entidade de supervisão.
Em causa estão antigos banqueiros como Jorge Jardim Gonçalves, ex-presidente do BCP, o antigo homem-forte do BPN, José de Oliveira Costa, ou o fundador do BPP, João Rendeiro.
"Nos últimos dez anos, o Banco de Portugal instaurou cerca de 80 processos de contra-ordenação" para apurar a responsabilidade das sociedades envolvidas nos factos e "a responsabilidade de cerca de 200 pessoas singulares que, à data da prática dos factos, eram administradores ou gerentes de instituições de crédito, sociedades financeiras, instituições de pagamento e SGPS", revelou o Banco de Portugal ao i.
Foi no âmbito destes processos, que o supervisor liderado por Carlos Costa inibiu 30 responsáveis, por períodos que variam entre dois e dez anos. Muitos dos processos estão ainda a ser contestados judicialmente, havendo mesmo alguns, em que houve prescrição, como aconteceu com o processo de Jardim Gonçalves.