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Banco de fomento não será transformado num banco mau, garante Governo
Caldeira Cabral diz que o banco vai servir apenas para apoiar as empresas e que o Executivo está a tentar junto das instituições europeias alargar o âmbito de actuação da instituição.
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António Costa defendeu a criação de um banco mau para colocar o crédito malparado da banca em Portugal. O primeiro-ministro não se comprometeu com o modelo a adoptar, mas prometeu que não vai ter custos para os contribuintes. Mais tarde, Bruxelas veio sugerir que o banco de fomento pode vir a ajudar neste processo.
Mas o ministro da Economia garantiu esta quarta-feira, 20 de Abril, que a Instituição Financeira de Desenvolvimento(IFD) não vai ser usada como veículo para agrupar os activos tóxicos da banca portuguesa.
O governante respondia ao deputado Pedro Mota Soares (CDS) que tinha questionado o destino da instituição. "Ainda não percebemos o que é que o Governo vai fazer. Esse banco mau poderia ser o banco de fomento?". Mota Soares elogiou a criação da IFD pelo anterior Governo, considerando que este poderia ser um "instrumento importante para ajudar as empresas".
O ministro sublinhou que o Governo não é "contra" a instituição, mas o que herdou "foi uma IFD sem essas características".
"A IFD era para ser uma coisa que ao fim de quatro anos de Governo não era. Estamos a tentar junto das instituições comunitárias alargar o âmbito da actuação do IFD", disse Caldeira Cabral.