Nos primeiros três meses do ano, o Banco CTT captou quase cinco milhões de euros em depósitos de clientes, isto apesar de, neste período, ter estado aberto ao público em geral apenas 13 dias. Até 18 de Março, a instituição estava a funcionar em regime de projecto-piloto, tendo apenas como clientes os trabalhadores dos Correios e do próprio banco.

De acordo com o balanço trimestral publicado no site do Banco de Portugal, o banco liderado por Luís Pereira Coutinho chegou ao final de Março com recursos de clientes de 4,9 milhões de euros, contra um valor de depósitos de 52,4 mil euros no final do ano passado, exercício em que o banco esteve em actividade apenas a partir de 27 de Novembro.

Tendo em conta que, neste período, foram abertas 2.108 contas bancárias, de acordo com os dados já disponibilizados pelos Correios, em média, cada um destes novos clientes tem depósitos de 2.330 euros no Banco CTT.

No primeiro trimestre do ano, o banco dos Correios apresentou prejuízos de 3,3 milhões de euros, um balanço que não é alheio ao facto de a instituição estar em fase de lançamento, período em que se concentram os investimentos iniciais e em que os proveitos ainda estão aquém dos custos operacionais. 

Em 2015, o Banco CTT tinha apresentado prejuízos de 5,92 milhões. As previsões dos Correios apontam para que a instituição financeira dê lucro em 2018, ano em que os proveitos deverão ascender a 60 milhões.

O plano de investimentos programado para este ano levou já os CTT, que detêm a totalidade do capital do banco, a injectarem mais 26 milhões de euros na instituição. O aumento de capital foi realizado em Maio último e elevou a 60 milhões de euros o capital do banco.

Até ao final do ano estão previstas mais operações de reforço de capital, uma vez que a empresa liderada por Francisco Lacerda optou por ir disponibilizando fundos ao banco de forma faseada. Nos primeiros cinco anos de actividade, os Correios prevêem investir 170 milhões de euros no seu braço financeiro.