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Banco Montepio com prejuízos de 14 milhões nos primeiros nove meses

O banco liderado por Pedro Leitão registou prejuízos de 14 milhões nos primeiros nove meses do ano, o que traduz uma melhoria face ao resultado negativo de 57 milhões de euros no período homólogo.

Nuno Ferreira Santos / Público
29 de Outubro de 2021 às 19:01
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O Banco Montepio registou um prejuízo de 14 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que compara com o resultado negativo de 57 milhões de euros obtido no mesmo período do ano passado, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira pelo banco.

Já no terceiro trimestre, o banco liderado por Pedro Leitão registou um lucro de 19 milhões de euros. Retirando os impactos relacionados com o plano de ajustamento do quadro de colaboradores (no montante de 8,5 milhões de euros), a constituição de
imparidade para os balcões encerrados (de 5,7 milhões de euros) e os custos incorridos com a alienação de ativos não estratégicos, o resultado líquido consolidado nos primeiros nove meses de 2021, o prejuízo teria sido de 1,9 milhões de euros.

No âmbito do plano de reestruturação, foram encerrados, entre outubro de 2020 e setembro de 2021, 73 balcões, dos quais 36 nos primeiros nove meses de 2021, "em função da cobertura geográfica, da rendibilidade e da dimensão do mercado, sem prejuízo da adequada cobertura da base de Clientes e sem qualquer impacto material no negócio", refere o Montepio. 

Quanto ao quadro de pessoal, havia menos 344 colaboradores nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o período homólogo, totalizando 3.589 funcionários. 

Neste período, a margem financeira totalizou 179 milhões de euros, face a 182 milhões há um ano, "tendo beneficiado da
redução do custo dos depósitos e da subida do crédito", explica a instituição financeira no comunicado. Já as Comissões líquidas situaram-se nos 83 milhões de euros, permanecendo "estáveis face ao valor contabilizado em idêntico período de 2020". 

Os custos operacionais recuaram ligeiramente para 197,6 milhões de euros, incluindo custos não recorrentes de 9,4 milhões relacionados com a implementação do plano de reestruturação. 

O crédito a clientes (bruto) desceu 1,3% para perto de 12,4 mil milhões de euros, enquanto os depósitos cresceram 3% para 12,5 mil milhões de euros. 

Sobre a qualidade do crédito, o rácio de NPE (no qual se inclui o crédito malparado) desceu para 9,4% até ao final de setembro.
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