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Banco italiano em apuros afunda 19% após accionista impedir aumento de capital
O maior accionista do Banca Carige chumbou um aumento de capital de 400 milhões de euros. As acções afundam 19%.
As acções do Banca Carige estão em forte queda na bolsa de Milão, em reacção ao facto de o seu maior accionista ter rejeitado em assembleia geral a proposta de recapitalização do banco.
Os títulos afundam 19%, o que eleva a perda acumulada em 2018 para 83% e reduz a capitalização bolsista para apenas 79 milhões de euros.
Na assembleia geral que decorreu no fim-de-semana, a Malacalza Investimenti bloqueou uma proposta do banco que pressupunha um aumento de capital de 400 milhões de euros. Este accionista controla 27,5% do Carige e com esta decisão bloqueou uma das medidas fundamentais para recapitalizar o banco que tem estado em apuros nos últimos meses.
O plano de recapitalização, que foi aprovado pelo BCE, incorpora uma emissão de 320 milhões de euros em títulos de dívida subordinada a subscrever por um fundo estatal. Que posteriormente seria reembolsado quando o Carige concretizasse o aumento de capital.
Com o maior accionista a recusar colocar mais dinheiro no banco, o Carige está agora em risco de falhar os compromissos de recapitalização que assumiu com o BCE, embora o banco central já tenha confirmado que a data limite para os rácios de capital cumprirem os requisitos pode ser estendida para o final de 2019.
Em comunicado o conselho de administração diz que vai informar os reguladores sobre os resultados da assembleia geral e "continuar a trabalhar no interesse dos clientes e accionistas".