Notícia
Banco de Portugal vai divulgar em breve informação mais detalhada sobre moratórias
No podcast do Banco de Portugal, a administradora Ana Paula Serra revelou que o regulador quer dar mais informação sobre as moratórias e que isso vai acontecer "muito em breve".
O Banco de Portugal (BdP) tem divulgado dados sobre as moratórias no crédito, nomeadamente o número de contratos abrangidos por este regime criado para responder ao impacto da pandemia. Mas o regulador quer ir mais longe: promete revelar informação mais detalhada "muito em breve", numa altura em que está em cima da mesa a possibilidade de se prolongar esta medida.
"Temos recolhido muita informação no caso dos bancos no que diz respeito às moratórias públicas e privadas. E temos já divulgado alguma informação sobre o número de contratos e clientes abrangidos pelas moratórias, mas queremos dar mais", afirma Ana Paula Serra, administradora do BdP, num podcast do regulador.
De acordo com a responsável, "queremos que haja informação mais detalhada sobre esta temática" e "muito em breve teremos novidades sobre este assunto e vão ser muito úteis".
"Às vezes há muita discussão e não se conhece bem a dimensão do fenómeno", remata a administradora do organismo liderado por Mário Centeno.
De acordo com o relatório de estabilidade financeira, divulgado pelo BdP no final do ano passado, os bancos portugueses tinham 46 mil milhões de euros de crédito em moratória até setembro. Ou seja, cerca de 22% do total da carteira de crédito.
Deste total, 24,4 mil milhões de euros eram empréstimos de famílias, enquanto os restantes 21,6 mil milhões de euros pertenciam às empresas.
Enquanto a moratória privada vai terminar no final de março, no caso das hipotecas, e depois em junho para o consumo, a solução do Estado está em vigor até setembro deste ano. No entanto, o setor financeiro já se demonstrou disponível para a prolongar. Mas com condições: uma extensão apenas se deverá aplicar aos setores mais afetados e terá de ter enquadramento europeu para não penalizar a banca.
"Temos recolhido muita informação no caso dos bancos no que diz respeito às moratórias públicas e privadas. E temos já divulgado alguma informação sobre o número de contratos e clientes abrangidos pelas moratórias, mas queremos dar mais", afirma Ana Paula Serra, administradora do BdP, num podcast do regulador.
"Às vezes há muita discussão e não se conhece bem a dimensão do fenómeno", remata a administradora do organismo liderado por Mário Centeno.
De acordo com o relatório de estabilidade financeira, divulgado pelo BdP no final do ano passado, os bancos portugueses tinham 46 mil milhões de euros de crédito em moratória até setembro. Ou seja, cerca de 22% do total da carteira de crédito.
Deste total, 24,4 mil milhões de euros eram empréstimos de famílias, enquanto os restantes 21,6 mil milhões de euros pertenciam às empresas.
Enquanto a moratória privada vai terminar no final de março, no caso das hipotecas, e depois em junho para o consumo, a solução do Estado está em vigor até setembro deste ano. No entanto, o setor financeiro já se demonstrou disponível para a prolongar. Mas com condições: uma extensão apenas se deverá aplicar aos setores mais afetados e terá de ter enquadramento europeu para não penalizar a banca.