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Banca concedeu 46 mil milhões de euros em moratórias até setembro

Entre junho e setembro, os créditos abrangidos pelas moratórias passaram de 43,2 mil milhões para 46 mil milhões de euros, de acordo com dados do Banco de Portugal.

Regime especial foi criado na sequência da crise, que obrigou muitas famílias a vender a casa.
Miguel Baltazar
18 de Dezembro de 2020 às 12:11
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O setor bancário português concedeu 46 mil milhões de euros em moratórias até setembro, de acordo com dados revelados pelo Banco de Portugal, esta sexta-feira. Um valor que representa um aumento de quase três mil milhões em comparação com junho.

Os números do regulador mostram que, deste total, 24,4 mil milhões de euros eram empréstimos de famílias, enquanto os restantes 21,6 mil milhões de euros pertenciam às empresas. 

Já em junho, as moratórias totalizavam 43,2 mil milhões de euros: 22,5 mil milhões para as famílias e 20,7 mil milhões para os clientes empresariais. Ou seja, entre junho e setembro, registou-se um aumento de 2,8 mil milhões de euros. 

No relatório de estabilidade financeira, divulgado em junho, foi revelado que a banca tinha já concedido 39 mil milhões. Mas este valor apenas tinha em conta os oito maiores bancos. Os dados agora apresentados, para ambos os meses, incluem todo o setor bancário nacional.

As moratórias no crédito foram criadas pelo Estado no final de março para responder ao impacto da pandemia na economia. E já passaram por várias alterações, seja no prazo em vigência como a nível da abrangência dos empréstimos. Começaram por estar em vigor até setembro deste ano, para depois serem prolongadas por duas vezes até setembro do próximo ano. Também o prazo de adesão foi prorrogado. 

Esta foi uma medida "importantíssima", afirmou Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, na conferência de imprensa que se realizou na quinta-feira para apresentar o relatório de estabilidade financeira para dezembro. Ainda assim, voltou a reforçar a importância de não se retirar este apoio antes de tempo. 

Segundo o regulador, entre famílias e empresas, deverão ficar por pagar, até ao fim deste regime, 13 mil milhões de euros em crédito.
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