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Banco angolano do Huambo escolhe o Porto para sair de casa
O Banco Comercial do Huambo (BCH), que tem cinco agências em Luanda e uma no Huambo, decidiu arrancar com a internacionalização da instituição por Portugal, onde acaba de abrir no Porto o seu escritório de representação no nosso país.
Há mais um banco com capitais maioritariamente angolanos em território nacional. O Banco de Portugal deu autorização ao Banco Comercial do Huambo (BCH), a 12 de julho passado, para o registo do seu escritório de representação em Portugal, que acaba de abrir Rua Arquiteto Cassiano Barbosa, no Porto, e é liderado por José Rui Campos Arnaud.
"Trata-se de um importante marco para o BCH e os seus clientes. É o primeiro escritório de representação do BCH e assinala o início da sua internacionalização", afirma Natalino Lavrador, presidente e acionista maioritário do banco, em comunicado enviado ao Negócios.
"Com a dinamização comercial que o mundo vive à escala global, este escritório de representação irá permitir reforçar a assistência aos nossos clientes empresariais com ligações comerciais fortes com Portugal e o espaço europeu. Irá também apoiar os nossos clientes individuais, residentes no exterior de Angola, e que fazem parte da vasta diáspora angolana residente em Portugal e na Europa", acrescenta Lavrador.
Além da assistência aos seus clientes, com a sua "embaixada bancária" em Portugal o BCH "passa de igual modo a estar capacitado para receber os agentes económicos empresariais e individuais, que necessitem de acompanhamento e informações sobre a atividade empresarial e comercial em Angola".
Fundado em julho de 2010, o BCH tem cinco agências na capital de Angola, Luanda, onde tem a sua sede, e uma no Huambo.
Com "uma carteira acima de 15 mil clientes", o BCH conta com um capital social de 10 mil milhões de kwanzas (24,6 milhões de euros ao câmbio atual) e garante que detém fundos próprios regulamentares de 21,3 mil milhões de kwanzas (cerca de 52,5 milhões de euros).
O BCH fechou o último exercício com um resultado líquido de 6,63 milhões de kwanzas (cerca de 18,8 milhões de euros ao câmbio de 31 de dezembro passado), mais 66% do que no ano anterior.
"O rácio de solvabilidade atingiu o nível de 107%, quando o mínimo legal exigido é de 10%", destacou.