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Banca tinha 45,6 mil milhões de euros de créditos em moratória no final de fevereiro

O montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 45,6 mil milhões de euros, menos 100 milhões do que em janeiro, revelam dados do Banco de Portugal.

O ritmo de crescimento dos preços de venda das casas em Portugal continuou a desacelerar no terceiro trimestre de 2020.
João Miguel Rodrigues
31 de Março de 2021 às 11:10
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Os bancos tinham 45,6 mil milhões de euros de créditos em moratória no final de fevereiro. Os dados foram divulgados esta quarta-feira, 31 de março, pelo Banco de Portugal e revelam uma redução ligeira do montante de empréstimos abrangidos por este regime. 


"Os dados hoje publicados indicam que, no final de fevereiro de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 45,6 mil milhões de euros",  o que representa menos 100 milhões do que em janeiro, revela o regulador no comunicado

Esta variação, diz, resulta de uma redução de 800 milhões de euros em empréstimos que deixaram de estar abrangidos por este regime (dos quais 700 milhões referentes a particulares), que foi parcialmente compensada por 700 milhões de euros de novos empréstimos em moratória.

Já as novas adesões são de montantes idênticos para os particulares e para as sociedades não financeiras (300 milhões de euros), indica o Banco de Portugal. 

Os números são divulgados no dia em que expiram as moratórias privadas no crédito hipotecário. As do consumo, disponibilizadas também pela Associação Portuguesa de Bancos, vão até ao final de junho. Já a moratória pública expira, na maioria dos casos, no final de setembro.

Esta quara-feira termina também o período de adesão a esta medida que tem permitido às famílias e às empresas adiarem o pagamento das suas dívidas junto da banca. 

O Parlamento vai votar hoje uma proposta do PCP para prolongar as moratórias, que depois irá baixar à especialidade. E deverá ter o apoio da maioria dos partidos, como avançou o Negócios. No entanto, para que esta extensão não pese na banca, é preciso que o enquadramento europeu também se mantenha, pois permite que os créditos entrem em moratória sem ganhar o estatuto de "malparado". 

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, afirmou na comissão de Orçamento e Finanças, na terça-feira, que a probabilidade de isto acontecer "é muito, muito baixa". 

(Notícia atualizada às 12:30.)

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