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Banca espanhola perdeu mais de 9 mil milhões em três dias

O Santander, BBVA e CaixaBank são as "principais vítimas" da desvalorização da lira na banca espanhola. Só o banco liderado por Ana Botín perdeu mais de 4 mil milhões de euros em três sessões.

Reuters
15 de Agosto de 2018 às 11:26
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A desvalorização acentuada da moeda turca teve tempo para fazer pesados estragos nos mercados, em particular no sector bancário. A bolsa espanhola é exemplo disso mesmo: nas últimas três sessões, os bancos somaram perdas de 9,44 mil milhões de euros, assinala o Expansión.

Santander, BBVA e CaixaBank. Estas foram as instituições do país vizinho que mais sofreram com a evolução negativa da lira. O banco liderado por Ana Botín perdeu cerca de 4 mil milhões de capitalização bolsista até terça-feira, uma queda de 5,3%. No pódio das perdas segue-se o BBVA, que viu o valor reduzido em 8,3%, ou seja, 3,3 mil milhões e finalmente o CaixaBank, com menos mil milhões de valor de mercado.

Abaixo da fasquia dos milhares de milhões de perdas, mas ainda com somas consideráveis, estão o Sabadell, cujo valor recuou 538 milhões de euros, o Bankia, com menos 349 milhões e finalmente o Bankinter, que diminui a respectiva capitalização em 148 milhões.

O índice espanhol especializado no sector, o Ibex Banks, e que reúne os maiores bancos cotados, deslizou 5,85% desde a última quinta-feira, acumulando quebras de 17,1% desde o início do ano.

Fora das fronteiras de Espanha o cenário é equivalente. O holandês ING, viu a respectiva capitalização bolsista passar de 49.306,57 para 46.123,24 milhões de euros. Já a capitalização bolsista do francês BNP Paribas recuou 2.700 milhões de euros e a do italiano Unicredit diminuiu 2.319 milhões.

O Banco Central Europeu está atento aos efeitos que a desvalorização da lira pode ter em alguns dos bancos sobre a sua supervisão. Entre as instituições que mais preocupam estão precisamente o BBVA, Unicredit e BNP Paribas, avançou o Financial Times na passada semana, citando fontes não identificadas. 

Os três bancos são nomeados dadas as operações significativas que mantêm na Turquia, deixando-os mais expostos. A quebra da moeda turca pode reflectir-se nas receitas das instituições e nos activos subjacentes.

 

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