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Banca continua a reduzir malparado e aumentar rendibilidade
O mais recente relatório publicado pelo Banco de Portugal, sobre o sistema bancário português, mostra que o malparado baixou para 4%, no final do terceiro trimestre.
Os bancos portugueses assistiram a uma melhoria da sua qualidade de crédito no terceiro trimestre do ano, com o setor a conseguir reduzir o nível de malparado e o montante destes empréstimos em situação de regularização duvidosa. Os bancos nacionais conseguiram ainda melhorar os seus rácios de rendibilidade, segundo o mais recente relatório do Banco de Portugal (BdP) sobre o sistema bancário português, relativo ao terceiro trimestre de 2021, publicado esta quinta-feira, dia 30 de dezembro.
De acordo com o relatório, o rácio bruto de empréstimos não produtivos (NPL, na sigla em inglês) reduziu-se em 0,3 pontos percentuais, para 4%, enquanto o rácio de NPL líquido de imparidades recuou 0,1 pontos percentuais, para 1,8%. Para esta redução contribuiu a diminuição do volume de crédito malparado, que totalizava 13.044 milhões de euros no final de setembro deste ano, face aos 13.469 milhões registados no final de junho.
O relatório refere ainda que "o rácio de cobertura dos NPL por imparidades aumentou 0,2 pontos percentausi, para 55,7%, em resultado da diminuição dos NPL, compensada por uma redução relativamente menor das imparidades acumuladas".
Quanto à rendibilidade, a banca conseguiu manter a evolução positiva dos trimestres anteriores. De acordo com o Banco de Portugal, a rendibilidade do ativo (ROA) aumentou 0,31 pontos percentuais, face ao período homólogo, para 0,46%, nos três primeiros trimestres do ano.
A rendibilidade do capital próprio (ROE) aumentou 3,7 pontos, situando-se em 5,4%. O Banco de Portugal justifica o aumento do ROA com "a diminuição das imparidades para crédito e, em menor grau, ao aumento dos resultados com operações financeiras".
O custo do risco de crédito diminuiu 0,63 pontos, para 0,37%, "após o aumento significativo em 2020 associado ao surgimento da pandemia". Por sua vez, o rácio cost-to-income baixou 4,7 pontos face ao período homólogo, para 53,3%, justificado sobretudo pelo aumento dos resultados com operações financeiras.