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Rendibilidade das empresas sobe no último trimestre de 2021 mas ainda atrás de 2019

A rendibilidade das empresas portuguesas aumentou para 6,8% no último trimestre do ano passado.

O Conselho das Finanças Públicas assinala riscos acrescidos nas empresas enquanto se sucedem anúncios de investimentos e contratações.
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A rendibilidade das empresas portuguesas aumentou para 6,8% no último trimestre do ano passado, uma subida ligeira face aos 6,6% contabilizados no trimestre anterior.

No final do ano de 2021, a rendibilidade do ativo das empresas encontrava-se 1,1 ponto percentual acima do valor observado no final do ano de 2020, mas ainda abaixo do valor registado no último trimestre de 2019 (7,6%), segundo os dados publicados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

 

No setor público, a rendibilidade manteve-se em território negativo, ainda que com uma ligeira recuperação, passando de -5% para -3,1%, enquanto as empresas privadas viram a sua rendibilidade aumentar para 7,2%, uma pequena subida face aos 6,9% registados no período anterior.

 

Numa análise por áreas de actividade, as indústrias (10,4%), transportes e armazenagem (9,6%) e eletricidade e água (7,8%) foram os que registaram mais a rendibilidade do ativo (rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos das empresas e o total de ativo) durante este período.

 

Nas pequenas e médias empresas (PME) este indicador aumentou de 6,4% para 6,5%, enquanto nas grandes empresas se registou um aumento expressivo para 9,0% (contra os 8,5% registados no trimestre anterior).

 

Autonomia financeira das empresas em ascensão

 

Já em matéria de autonomia financeira, medida pelo peso do capital próprio no balanço, esta aumentou para 40,3% no quarto trimestre, "um valor superior ao registado no final do ano de 2020, mas também superior ao observado no final de 2019", como refere o Banco de Portugal.

 

Nas empresas privadas, este indicador subiu para 40,6%, uma ligeira subida face aos 40,5% contabilizados no trimestre anterior e um aumento expressivo face aos 39,6% registados no final de 2020 e aos 38,5% contabilizados no último trimestre de 2019. Numa análise por áreas de actividade, Sedes Sociais (60,9%) registam o valor mais alto.

 

Por dimensão, as pequenas e médias empresas viram a sua autonomia financeira aumentar de 39,6% para 39,9%, tendo caído nas grandes empresas de 36% para 35,6%.

 

No setor público, a autonomia financeira cresceu para 31,5%, contra os 27,8% registados no trimestre anterior.

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