Notícia
Rendibilidade das empresas portuguesas estável em 6,5% no 3º trimestre
As empresas portuguesas mantiveram o nível de rendibilidade e de autonomia financeira no terceiro trimestre de 2021.
A rendibilidade das empresas permaneceu em 6,5%, no terceiro trimestre de 2021, segundo os dados publicados esta manhã pelo Banco de Portugal. Por setores de atividade, empresas de eletricidade, construção, transportes e armazenagem viram aumentar a sua taxa de rendibilidade.
"Uma análise por setor de atividade económica das empresas privadas mostra que a rendibilidade do ativo [rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos das empresas (EBITDA) e o total de ativo] aumentou nas empresas dos setores da eletricidade, da construção, dos transportes e armazenagem e dos outros serviços", refere o Banco de Portugal.
De acordo com os números do supervisor, a rendibilidade das empresas de eletricidade subiu de 7,5% para 7,7%, no terceiro trimestre, enquanto nos transportes e armazenagem o indicador aumentou de 8% para 8,4%. Na construção, o rácio cresceu de 5%, no segundo trimestre, para 5,1%, no final de setembro.
Em sentido oposto, o setor industrial obteve uma rendibilidade de 10,3% no terceiro trimestre, abaixo dos 10,7% registados nos três meses anteriores. No comércio a descida foi ainda mais pronunciada: rendibilidade baixou de 7,4% para 6,7%.
"Por classe de dimensão das empresas privadas (exclui sedes sociais), a rendibilidade aumentou nas PME, de 6,1% para 6,2%, e reduziu-se nas grandes empresas, de 9,3% para 9,0%", acrescenta o Banco de Portugal.
Já nas empresas públicas, a rendibilidade foi de -3,4% (-5% no trimestre anterior).
A autonomia financeira também permaneceu estável. A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no balanço, manteve-se em 40%, no terceiro trimestre de 2021.