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António Domingues já está livre para liderar a CGD
O futuro presidente da Caixa Geral de Depósitos acaba de dar o primeiro passo indispensável para assumir a liderança do banco do Estado. António Domingues renunciou esta segunda-feira à vice-presidência do BPI e ficou livre para o novo desafio.
António Domingues está livre para assumir a presidência da Caixa Geral de Depósitos depois de ter renunciado à vice-presidência executiva do Banco BPI.
Segundo informou o banco em comunicado publicado esta terça-feira à noite no site da CMVM, "António Domingues apresentou, no dia 30 de Maio do corrente ano, a sua renúncia ao cargo de vogal do conselho de administração do Banco BPI".
O documento não faz qualquer referência à data em que a saída do número dois de Fernando Ulrich no BPI será efectiva. Mas a verdade é que António Domingues (à esquerda na foto) deixou de estar presente nos eventos oficiais do banco onde passou os últimos 20 anos desde que, a meio de Abril, foi noticiado que o banqueiro seria o próximo presidente da CGD.
A eleição do novo conselho de administração da Caixa chegou a estar prevista para 25 de Maio, data em que teve lugar a assembleia-geral do banco do Estado, que serviu apenas para aprovar as contas do ano passado. A nomeação dos novos gestores acabou por ser adiada, decisão que não será alheia ao processo de fecho da composição da nova equipa.
Há várias semanas que Domingues está a trabalhar no plano de capitalização da Caixa que deverá implicar uma injecção de fundos públicos num valor próximo de 4.000 milhões, a ser feita de forma faseada.
O aumento de capital deverá pressupor que a CGD volte a dar lucros, para que o Estado possa mobilizar recursos para a operação, sem que tal seja considerado uma ajuda pública por parte da Comissão Europeia. Se assim for, Bruxelas nem sequer terá de autorizar esta injecção de fundos.