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António Ramalho: "Ser um banco de empresas não é um mar de rosas"
O presidente do Novo Banco recuperou a importância da "herança" que a instituição carrega. "Não é um mar de rosas", diz. E defende que o seu banco tem de estar junto das empresas nas horas mais difíceis.
O presidente do Novo Banco, António Ramalho, reconheceu esta segunda-feira, 14 de Novembro, que o foco da instituição nas empresas "não é um mar de rosas".
"A gestão de um banco de empresas não é um mar de rosas", afirmou durante a cerimónia de entrega dos sextos Prémios Exportação e Internacionalização, iniciativa conjunta do Negócios e Novo Banco.
Ramalho defendeu que é "essencial" o banco estar próximo das empresas que têm de "reestruturar e reorganizar a sua actividade", dando o exemplo do sector do turismo: sem fundos de apoio em época de crise no sector, faltariam hoje "qualquer coisa como 10 mil camas".
"O Novo Banco é o banco das empresas em Portugal", reforçou. E justificou: "Porque as características do banco e a sua herança o colocam numa situação única", evocando a reestruturação do Banco Espírito Santo e a "resistência" da instituição bancária que lidera.
"Sabemos que não é inócuo este nosso desejo de premiar a internacionalização e a exportação", acrescentou.
"Temos de ter empresas de maior dimensão", diz Vítor Fernandes
O administrador do Novo Banco, Vítor Fernandes, assegura que o actual cenário de financiamento bancário às empresas "está muito tranquilo". "Se olhar para a plateia, nenhuma destas empresas tem problema em financiar-se", demonstrou.
Vítor Fernandes acredita que o "drama do financiamento em Portugal" não está nas boas empresas mas sim naquelas que "com a crise, não se reestruturam".