Notícia
Angola paga 12,5 milhões ao BPI com injecção de divisas na banca
As divisas disponibilizadas destinaram-se sobretudo a cobrir necessidades de operações de empresas diversas, do sector petrolífero e da indústria em geral. No caso do BPI, o objectivo é a "cobertura do reembolso do financiamento."
12 de Dezembro de 2016 às 12:51
A injecção de divisas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) na banca comercial aumentou quase 30% na última semana, para 306,3 milhões de euros, garantindo um pagamento ao banco português BPI e transferências para transportadoras aéreas.
A informação consta do relatório semanal do BNA, libertado esta segunda-feira, 12 de Dezembro, sobre a evolução dos mercados monetário e cambial entre 5 e 9 de Dezembro, e contrasta com os 236,1 milhões de euros da semana anterior.
Segundo o documento, consultado pela Lusa, as divisas disponibilizadas - mantêm-se exclusivamente em euros desde Março -, em vendas directas equivalentes a 342,3 milhões de dólares, destinaram-se sobretudo a cobrir necessidades de operações de empresas diversas (37 milhões de euros) e do sector petrolífero (29,4 milhões de euros), bem como da indústria em geral (64,5 milhões de euros).
Foram também disponibilizadas divisas para "cobertura do reembolso do financiamento ao BPI", no valor de 12,5 milhões de euros, mas sem adiantar mais pormenores, o mesmo acontecendo com o banco estatal angolano BPC, em processo de reestruturação, que recebeu 9,3 milhões de euros "para cobertura de operações de responsabilidades externas".
Para a cobertura de operações de salários de expatriados foram disponibilizados 4,4 milhões de euros e para a cobertura de operações das companhias aéreas, que reclamam dificuldades em repatriar dividendos, foram garantidos pelo BNA, numa semana, 20 milhões de euros.
Para o sector da saúde foram disponibilizados 64,5 milhões de euros em divisas e valor equivalente para a educação.
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, permaneceu inalterada, nos 166,725 kwanzas por cada dólar e nos 186,279 kwanzas por cada euro.
Contudo, no mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa à volta de 490 kwanzas.
Angola enfrenta uma crise financeira e económica com a forte quebra (50%) das receitas com a exportação de petróleo devido à redução da cotação internacional do barril de crude, tendo em curso várias medidas de austeridade e a revisão do Orçamento Geral do Estado de 2016.
A conjuntura nacional levou a uma forte quebra na entrada de divisas no país e a limitações no acesso a moeda estrangeira aos balcões dos bancos, dificultando as importações.
Devido ao fim de acordos com bancos estrangeiros para correspondentes bancários, a banca angolana apenas consegue comprar divisas ao BNA.
A falta de divisas dificulta ainda a transferência de salários dos trabalhadores expatriados, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.
Entre Janeiro e Outubro, o BNA já vendeu aos bancos angolanos cerca de oito mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros) em divisas, valor que contrasta com os 15,2 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros) vendidos no mesmo período de 2015.
A informação consta do relatório semanal do BNA, libertado esta segunda-feira, 12 de Dezembro, sobre a evolução dos mercados monetário e cambial entre 5 e 9 de Dezembro, e contrasta com os 236,1 milhões de euros da semana anterior.
Foram também disponibilizadas divisas para "cobertura do reembolso do financiamento ao BPI", no valor de 12,5 milhões de euros, mas sem adiantar mais pormenores, o mesmo acontecendo com o banco estatal angolano BPC, em processo de reestruturação, que recebeu 9,3 milhões de euros "para cobertura de operações de responsabilidades externas".
Para a cobertura de operações de salários de expatriados foram disponibilizados 4,4 milhões de euros e para a cobertura de operações das companhias aéreas, que reclamam dificuldades em repatriar dividendos, foram garantidos pelo BNA, numa semana, 20 milhões de euros.
Para o sector da saúde foram disponibilizados 64,5 milhões de euros em divisas e valor equivalente para a educação.
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, permaneceu inalterada, nos 166,725 kwanzas por cada dólar e nos 186,279 kwanzas por cada euro.
Contudo, no mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa à volta de 490 kwanzas.
Angola enfrenta uma crise financeira e económica com a forte quebra (50%) das receitas com a exportação de petróleo devido à redução da cotação internacional do barril de crude, tendo em curso várias medidas de austeridade e a revisão do Orçamento Geral do Estado de 2016.
A conjuntura nacional levou a uma forte quebra na entrada de divisas no país e a limitações no acesso a moeda estrangeira aos balcões dos bancos, dificultando as importações.
Devido ao fim de acordos com bancos estrangeiros para correspondentes bancários, a banca angolana apenas consegue comprar divisas ao BNA.
A falta de divisas dificulta ainda a transferência de salários dos trabalhadores expatriados, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.
Entre Janeiro e Outubro, o BNA já vendeu aos bancos angolanos cerca de oito mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros) em divisas, valor que contrasta com os 15,2 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros) vendidos no mesmo período de 2015.