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Accionistas aceitam que BCP pague 4,9 milhões de euros para pensões de executivos

Um total de 99,47% dos accionistas presentes na assembleia-geral do BCP aceitou pagar 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos administradores executivos.

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Foi quase por unanimidade que os accionistas do Banco Comercial Português presentes na assembleia-geral desta quarta-feira, 30 de Maio, aprovaram a atribuição de uma contribuição de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos administradores executivos do banco.  

 

O ponto 5 da ordem de trabalhos da assembleia, o referente a esta contribuição extraordinária, foi aprovado por 99,47% dos accionistas presentes na reunião.

 

Na reunião, estão representados cerca de 63% do capital do BCP, sendo que 49% pertencem, em conjunto, à Fosun, Sonangol e Fundo de Pensões da EDP.

 

A proposta do conselho de remunerações e previdência do BCP, presidido por José Maury, inscrevia que os administradores executivos beneficiassem de uma "contribuição única e extraordinária" de 4,9 milhões de euros para os planos complementares de reforma por velhice ou invalidez dos administradores executivos, a somar às habituais.

 

A proposta visava ainda a alteração do regulamento de reforma dos administradores executivos, para permitir a possibilidade de uma contribuição extraordinária. A justificação para esta proposta passa pela aproximação do BCP à média das empresas do PSI-20.

 

Os sindicatos têm feito várias críticas a esta proposta, sendo que, no arranque da reunião, a comissão de trabalhadores quis mostrar a sua oposição, por entender que deveriam, primeiro, ter sido repostos os valores dos cortes salariais entre 3% e 11% que foram praticados entre 2014 e 2017 no banco.

 

Antes deste ponto, tinha sido votada a política de remunerações do banco, que mereceu a aprovação de 98,84% dos votos dos accionistas presentes, ainda que o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, que tem acções do BCP para participar nas assembleias-gerais, se tenha oposto, porque queria incluir uma distância máxima entre os valores pagos à administração e ao trabalhador médio do banco, que não foi aceite por não estar na ordem de trabalhos.

 

Este valor é atribuível à comissão executiva que está a acabar o mandato, que inclui Nuno Amado e Miguel Maya, João Nuno Palma, Miguel Bragança, Rui Teixeira, José Pesanha, José Iglésias Soares e Conceição Lucas.

 

À excepção dos dois últimos, todos continuam no novo mandato, em que Maya assume a presidência da comissão executiva e Amado a liderança da administração, segundo a proposta dos principais accionistas.

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