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Passos rejeita falta de transparência na Caixa e Maria Luís desconhece relatório

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho rejeitou hoje qualquer falta de transparência no controlo da Caixa Geral de Depósitos entre 2013 e 2015, destacando um "nível de auditoria com profundidade e exigência muito maior" do que no passado.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Dezembro de 2016 às 13:37
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O líder do PSD foi questionado hoje, em Lisboa, pelos jornalistas sobre o relatório do Tribunal de Contas conhecido hoje, no qual acusa o Ministério das Finanças de "falta de controlo" na Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2013 e 2015 e salienta que o Estado aprovou documentos de prestação de contas sem ter a informação completa.

 

"Não há nenhuma falta de transparência, pelo contrário, penso eu. Não acredito que o Governo pense de outra maneira e aquilo que existe é um nível de auditoria com profundidade e exigência muito maior do que existiam no passado", enfatizou.

 

Passos Coelho destacou que "tem havido uma melhoria de transparência, de auditoria, de monitorização que abrangeu todas as instituições do sector empresarial do Estado".

 

"No caso das instituições do sector financeiro essas exigências ainda eram superiores e foram realizadas por entidades que têm mais vocação do que a Inspecção-Geral das Finanças para as poder fazer, em particular o próprio Banco de Portugal", sublinhou ainda.

 

Maria Luís diz desconhecer relatório do Tribunal de Contas

 

A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque disse desconhecer os pormenores do relatório do Tribunal de Contas sobre a Caixa Geral de Depósitos divulgado hoje, sublinhando que a instituição está sujeita ao escrutínio de várias entidades. 

 

"Não entendo exactamente em que contexto é que, eventualmente, a Inspecção Geral de Finanças pudesse acrescentar transparência ou melhor controlo (sobre a CGD). Sendo uma entidade do sector financeiro, tem exigências muito superiores", disse a ex-ministra das Finanças, ressalvando que apenas soube da existência do relatório pelas notícias difundidas hoje de manhã.

 

Questionada pelos jornalistas, na sede do PSD, Maria Luís Albuquerque referiu que todas as actividades da Caixa foram sempre acompanhadas pelo Banco de Portugal, Banco Central Europeu, Mecanismo Único de Supervisão e Direcção Geral da Concorrência.

 

Maria Luís Albuquerque disse ainda não conhecer o documento do Tribunal de Contas, frisando que a Caixa Geral de Depósitos, "como aliás todos os bancos", estão sujeitos a um nível de escrutínio "muito mais completo, muito mais exigente e rigoroso" do que qualquer outra entidade do sector público empresarial.

 

A antiga ministra das Finanças e actual deputada do PSD referiu ainda que a aprovação das contas da CGD era feita com toda a informação "necessária".

 

Maria Luís Albuquerque respondia às questões dos jornalistas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, após uma declaração em que criticou afirmações do primeiro-ministro, António Costa, na entrevista de segunda-feira à RTP.

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