Notícia
Vendas de automóveis caem 70% apesar de reabertura dos stands
Apesar da reabertura dos concessionário a 4 de maio, as vendas de automóveis ligeiros em Portugal continuam a apresentar uma queda homóloga na ordem dos 70%. E desde o início do ano a perda cifra-se em 42%.
Nos primeiros 10 dias úteis de maio, já com a reabertura dos concessionários automóveis, as vendas de veículos ligeiros sofreram uma quebra homóloga de 69,7%, revelou esta terça-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
O secretário-geral da associação, Helder Pedro, divulgou os números num webinar organizado pela ACAP e pelo stand virtual.
Helder Pedro aproveitou também para comparar os números dos primeiros 10 dias úteis deste mês com os primeiros 10 dias úteis de abril, quando os "stands" estavam encerrados e as vendas se realizaram apenas através do canal online.
Aqui, disse, notou-se uma subida, "como era expectável", com os ligeiros de passageiros a subirem 92,4% face às 963 matrículas naquele período em abril. Nos comerciais ligeiros o crescimento foi de apenas 34,2%, o que equivale a mais 95 veículos. No total do segmento de ligeiros de passageiros o aumento cifrou-se em 79,4%.
"Tal como a ACAP sempre disse, a reabertura dos concessionários não iria originar uma ‘corrida’ dos clientes para a compra de automóveis. A recuperação será gradual", frisou.
Mas, ressalvou, "estes números mostram que era importante reabrir os 'stands'".
Helder Pedro destacou ainda que em abril Portugal foi o sétimo país da União Europeia com a maior queda na venda de ligeiros de passageiros novos, tendo sofrido uma quebra de 87%, quando a quebra no conjunto da UE foi de 76,3%.
Os cálculos do Negócios, com base nos dados oficiais da ACAP, mostram que entre 1 de janeiro e 15 de maio foram matriculados menos 37.120 automóveis ligeiros de passageiros do que no período homólogo, uma quebra de 42,7%. Nos comerciais ligeiros o decréscimo cifra-se em 4.789 unidades, ou 37,8%, enquanto no conjunto do segmento de ligeiros as matrículas situam-se em menos 41.949 veículos, o equivalente a uma queda de 42%.