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Vendas de automóveis caem 70% apesar de reabertura dos stands

Apesar da reabertura dos concessionário a 4 de maio, as vendas de automóveis ligeiros em Portugal continuam a apresentar uma queda homóloga na ordem dos 70%. E desde o início do ano a perda cifra-se em 42%.

Reuters
19 de Maio de 2020 às 15:48
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Nos primeiros 10 dias úteis de maio, já com a reabertura dos concessionários automóveis, as vendas de veículos ligeiros sofreram uma quebra homóloga de 69,7%, revelou esta terça-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

O secretário-geral da associação, Helder Pedro, divulgou os números num webinar organizado pela ACAP e pelo stand virtual.

O responsável indicou que nos ligeiros de passageiros registaram-se 1.853 matrículas entre 4 e 15 de maio, menos 71,2% do que os 6.438 veículos matriculados em igual período de maio do ano passado. Nos comerciais ligeiros foram 373 as viaturas matriculadas, menos 58,8% do que as 906 unidades em termos homólogos. Assim, resumiu, o mercado de ligeiros totalizou 2.226 matrículas neste período, o que traduz uma descida homóloga de 69,7%.

Helder Pedro aproveitou também para comparar os números dos primeiros 10 dias úteis deste mês com os primeiros 10 dias úteis de abril, quando os "stands" estavam encerrados e as vendas se realizaram apenas através do canal online.

Aqui, disse, notou-se uma subida, "como era expectável", com os ligeiros de passageiros a subirem 92,4% face às 963 matrículas naquele período em abril. Nos comerciais ligeiros o crescimento foi de apenas 34,2%, o que equivale a mais 95 veículos. No total do segmento de ligeiros de passageiros o aumento cifrou-se em 79,4%.

"Tal como a ACAP sempre disse, a reabertura dos concessionários não iria originar uma ‘corrida’ dos clientes para a compra de automóveis. A recuperação será gradual", frisou.

Mas, ressalvou, "estes números mostram que era importante reabrir os 'stands'".

Helder Pedro destacou ainda que em abril Portugal foi o sétimo país da União Europeia com a maior queda na venda de ligeiros de passageiros novos, tendo sofrido uma quebra de 87%, quando a quebra no conjunto da UE foi de 76,3%.

Os cálculos do Negócios, com base nos dados oficiais da ACAP, mostram que entre 1 de janeiro e 15 de maio foram matriculados menos 37.120 automóveis ligeiros de passageiros do que no período homólogo, uma quebra de 42,7%. Nos comerciais ligeiros o decréscimo cifra-se em 4.789 unidades, ou 37,8%, enquanto no conjunto do segmento de ligeiros as matrículas situam-se em menos 41.949 veículos, o equivalente a uma queda de 42%.

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