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Uber e Volvo aliam-se para produzir carro autónomo
A Uber deu boleia à marca sueca e vão ambas desenvolver um carro autónomo, baseado em tecnologia desenvolvida pela plataforma de transportes. O objectivo é usá-lo no aluguer de transporte e na venda ao consumidor final.
A marca automóvel de origem sueca Volvo vai aliar-se à plataforma tecnológica de transportes Uber para desenvolver carros de condução autónoma, num investimento que ascenderá a 300 milhões de dólares (264,78 milhões de euros à cotação actual).
De acordo com o Financial Times, que avança a notícia, o novo veículo será vendido directamente pela Volvo ao consumidor final e utilizado pela Uber nos seus serviços.
Em menos de uma semana a Volvo é o segundo construtor automóvel de peso a anunciar o avanço para a área cada vez mais apetecível do transporte autónomo, depois de também a norte-americana Ford ter prometido os primeiros carros do género para 2021, dirigidos igualmente a serviços como a Uber ou Lyft. Quatro anos depois, a marca espera chegar ao consumidor final.
Contudo, a aliança da Volvo à Uber deverá tirar espaço a outros concorrentes automóveis, que há seis meses se digladiam para fornecer a plataforma. Para a marca sueca, outra vantagem são as sinergias: utilizando o sistema que a Uber está a desenvolver, a Volvo reduzirá a metade o valor que esperaria investir na criação de tecnologias deste género para incorporar nos seus carros.
"Vemos este como o primeiro passo numa parceria industrial de longo prazo", afirmou o presidente executivo da marca sueca Hakan Samuelsson ao FT. A publicação acrescenta que a plataforma começará por comprar o SUV Volvo XC90, equipando-o depois com o módulo de condução autónoma que está a desenvolver e que incluirá mapas próprios. A empresa já está a recolher dados geográficos nas estradas dos EUA e do México.
"As tecnológicas chegaram à conclusão que não é preciso construir um carro de raiz. Podemos pegar num carro e construir a partir daí", afirma o CEO da Volvo.
À semelhança do que está agora a fazer a Ford, que se prepara para duplicar a sua equipa de investigação (para 260 efectivos até ao final de 2017), a Uber já começou há um ano a trilhar este caminho, estabelecendo em Pittsburgh nos EUA o seu centro tecnológico com dezenas de investigadores contratados na Universidade de Carnegie Mellon. É aqui também que o primeiro veículo adoptado pela Uber – não um Volvo, mas um Ford Fusion - está em testes.